Miguel Iglésias, deputado do PS-Madeira à Assembleia da República, desafiou, hoje, os jovens a se tornarem cidadãos “mais ativos e exigentes”, apontando a importância de desenvolverem uma “melhor consciência crítica, uma mais apurada consciência política e uma mais exigente consciência cívica”.
‘Viver Abril na Educação: Caminhos para uma Escola Plural e Participativa’ foi o tema de mais esta iniciativa da Assembleia da República, neste ano que se celebram os 50 anos do 25 de Abril, que, como refere o Partido Socialista, “trouxe a liberdade e a democracia” ao País. “É a liberdade que nos permite viver em sociedade sem restrições aos nossos direitos, que nos permite a livre expressão e a imprensa livre, que nos permite a livre circulação e o pensamento livre. A democracia é o outro pilar fundamental da nossa sociedade, que permite a existência de partidos políticos e eleições livres e justas, com as pessoas, os cidadãos, o povo a decidir livremente o seu futuro político, a nível nacional, regional e local”, explanou Miguel Iglésias, enaltecendo “aqueles que lutaram pela liberdade e pela democracia”, e lembrando “os atrasos que a ditadura provocou no desenvolvimento estrutural do País, com os quais a governação atual ainda de se debate”.
O deputado considera que uma das “piores heranças da ditadura foi deixar o País com taxas de analfabetismo altíssimas, taxas de escolarização baixíssimas, taxas de retenção e abandono vergonhosamente altas até há bem pouco tempo”.
Destacando a educação enquanto “direito fundamental básico e universal, com um papel fundamental no desenvolvimento e crescimento de uma sociedade livre e democrática”, Miguel Iglésias assinalou que nos últimos anos Portugal tem “dado passos significativos para melhorar os níveis de qualificação e formação das gerações mais jovens”. Algo que, a seu ver, contribui para “a superação das metas europeias de redução do abandono escolar precoce, a melhoria das taxas de sucesso dos alunos, o aumento das taxas de escolarização da educação pré-escolar e do ensino secundário e a qualificação dos adultos que não tiveram oportunidade de concluir os seus estudos enquanto jovens”.
O socialista recorda que entre 2015 e 2022, o abandono escolar precoce sofreu uma queda para mais de metade, passando de 13,7% para 6,0%, sendo que, “graças a este percurso, desde 2019, Portugal está abaixo da média da União Europeia, que em 2022 era de 10%”.
Na ocasião, Miguel Iglésias respondeu também às questões colocadas pelos jovens deputados sobre as temáticas da educação e sobre a situação política atual, esperando que “esta sessão possa contribuir para uma maior reflexão dos jovens a respeito destes temas e do sistema democrático do nosso País, bem como que os ajude na sua formação política como cidadãos cada mais ativos e exigentes”.
De referir que na sessão regional do Parlamento dos Jovens participam 11 escolas, que se fazem representar por 44 deputados efetivos e 11 suplentes. Posteriormente, serão eleitos para a sessão nacional quatro jovens deputados de duas escolas.