A Iniciativa Liberal espera que os eleitores não confirmem o “maior medo” que o partido sente face ao desfecho das eleições do próximo domingo, e que seria por “mudar tudo para deixar tudo na mesma”.
Em declarações ao JM à margem da arruada que o partido realizou esta tarde, na baixa do Funchal, o candidato Nuno Morna mostrou-se agradado com a recetividade que a campanha da IL mereceu por parte das pessoas, e até indicou “uma diferença” em relação a eleições anteriores.
“Quando se chega ao final de uma semana de campanha, temos a sensação de que vamos ganhar as eleições. Mas as coisas não são assim”, começou por dizer o candidato para depois apontar o maior receio do partido.
“Nas eleições anteriores éramos nós que íamos ter com as pessoas. Esse ciclo inverteu-se, pois neste momento são as pessoas que vêm ter connosco e dizem-nos que estão preparadas para mudar”, descreveu o candidato, indicando “que o nosso medo é que queiram mudar tudo para ficar tudo na mesma”.
“Mudar os protagonistas que vão governar e permitir que as políticas continuem a ser as mesmas é deixar tudo na mesma”, avisou.
“Eu não tenho a ilusão de que a Iniciativa Liberal vai ganhar as eleições, mas pode condicionar o futuro da Madeira em termos de governação”, acrescentou, sublinhando que “os ‘players’ que podem alternar no poder efetivo, seja o PSD ou o PS, pouco mais têm para oferecer do que a mudança dos protagonistas, pois as políticas são as mesmas.”
Com alguma ironia à mistura, Morna lembrou que “o PS encontrou agora um poço de petróleo na Chamorra e passou a ter dinheiro para tudo e mais alguma coisa; e o PSD até já tem dinheiro para dar outra vez aos clubes de futebol.”
“Aquilo que é o mais importante, que é empoderarmos os madeirenses para ficarem com mais poder de compra de maneira, com menos impostos e mais dinheiro no bolso, não acontece”, contrapôs.
Para o final da jornada eleitoral de domingo, o candidato apenas deseja que o “bom senso do eleitorado” ajude a “criar condições para que esta terra seja uma terra de futuro, de desenvolvimento, que permita maior poder de compra aos madeirenses, menos impostos e uma autonomia mais madura e mais adulta”.