José Manuel Rodrigues, no seu discurso de despedida, não deixou de frisar a “emoção” do momento, ele que deixa a presidência da Assembleia Legislativa após cinco anos de “intenso” trabalho, conforme o próprio referiu.
Afirmou ter valido “a pena este percurso de 30 anos como deputado,” o qual agradece ao CDS, “e ao povo, que sempre me confiou a eleição”.
“Aproveito esta ocasião para agradecer ao Senhor Representante da República a exemplar cooperação institucional que manteve com esta Assembleia Legislativa e a forma sempre elevada como tratou os representantes do nosso povo, respeitando e relevando os poderes e competências deste órgão legislativo. Agradeço ao Senhor Presidente do Governo a colaboração respeitosa que manteve com este Parlamento, de quem depende o poder executivo, e a disponibilidade para responder politicamente perante as senhoras e os senhores deputados, nomeadamente com a realização dos debates mensais”.
Realçando os desafios atuais, José Manuel Rodrigues, que reclama para si a circunstância de ter tornado o parlamento mais próximo dos cidadãos, pede que não seja esquecida a luta por mais autonomia. “Num momento em que, fruto de várias circunstâncias, o centralismo parece ter regressado aos meandros da República, e mesmo da União Europeia, temos de reforçar a nossa luta pela Autonomia e pelos princípios da subsidiariedade, da coesão e da descentralização”, sublinhou.