No encontro de hoje, a CDU pretendeu ouvir a USAM, mas também dar a conhecer uma das medidas que assume maior centralidade na campanha da CDU: lutar pelos direitos de quem trabalha, dando respostas às dificuldades sociais e económicas dos madeirenses e porto-santenses, que têm na insularidade uma agravante ao seu custo de vida.
Para tal, na AR, há que travar e mesmo reverter os sucessivos atentados à Lei Laboral, alvo de continuadas alterações, negativas e perigosas, para a dignidade e para os direitos de quem trabalha.
Segundo o partido, é preciso combater a precariedade laboral e dignificar o trabalho e quem trabalha. E quando se fala de dignidade laboral e de dignificação do trabalho, fala-se “de proteção social e do fortalecimento dos direitos dos próprios trabalhadores; da melhoria dos seus rendimentos; da mobilização de novos e mais instrumentos que fomentem a negociação coletiva e da conciliação e equilíbrio entre a vida profissional, familiar e pessoal de quem trabalha”.
A CDU lembrou os “salários baixos” que não fazem face ao elevado custo de vida em Portugal, com a inflação sempre adiante do aumento salarial, com os produtos alimentares a preços preocupantes, a habitação com rendas e juros insuportáveis e outros serviços essenciais a aumentar sem que os salários os possam acompanhar.
Por outro lado, a desigualdade salarial entre os géneros, no país, é das maiores da Europa, atentando-se contra um princípio constitucional: “Salário igual para trabalho igual”, além de que a ascensão profissional de uma mulher é mais difícil do que para um homem e o desemprego penaliza-as primeiramente.
“Há muito trabalho e reivindicações a fazer para tornar mais justa a Lei laboral no nosso país, e esse é um compromisso da CDU”, acrescentam.