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Motoristas da Rodoeste em greve pedem melhores condições e atualização salarial

Paula Abreu

Jornalista

Data de publicação
12 Março 2024
11:51

Os motoristas da Rodoeste estão em greve em frente às instalações da companhia, no Campo da Barca. Fardados, os profissionais cumprem uma jornada de luta por melhores condições de trabalho e atualização salarial. A adesão de cerca de 70% dos motoristas da empresa poderá implicar uma perturbação no serviço de cerca de 85%, divulgou Manuel Oliveira, do Sindicato Nacional dos Motoristas, que adiantou que o organismo já está mandatado para convocar “novas ações de luta”, com datas por definir.

Saliente-se que para além dos condutores da Rodoeste, juntaram-se alguns da SAM, com cerca de 60 profissionais no total concentrados no Campo da Barca.

O sindicalista referiu que trabalhadores se sentem “desrespeitados diariamente pelas entidades patronais, no que diz respeito às suas condições de trabalho e às suas condições remuneratórias”, lembrando que foi apresentada à ACIF uma proposta de construção de um contrato coletivo de trabalho “de raiz”. Mas a Associação Comercial e Industrial do Funchal “entendeu não nos responder.

Foi ainda solicitado um pedido de conciliação à Direção Regional de Trabalho que “não convocou as partes para esse efeito”. Manuel Oliveira denunciou que essas situações “originaram esta greve”.

Sobre a possibilidade de novas ações de greve, o sindicalista disse “esperemos que não o tenhamos de fazer”, mas isso vai depender da abertura da ACIF e da DRT em promover uma negociação.

“Aquilo que nós queremos é substituir um contrato coletivo de trabalho completamente obsoleto e ilegal, da década de 80, por um atual. Estamos a falar de um CCT que, daqui a nada, terá 50 anos”, comentou Manuel Oliveira.

Os motoristas da Rodoeste querem uma atualização salarial na linha da que foi feita para os profissionais da empresa Horários do Funchal. “Nós entendemos que as responsabilidades destes trabalhadores são exatamente iguais aos colegas da HF. Queremos equidade no que diz respeito ao clausurado geral do Contrato coletivo de trabalho e igualdade na parte remuneratória. Não estamos a pedir nada de mais. Se foi possível para a HF, também é possível para o setor privado”, sustentou.

No largo em frente à companhia, dezenas de motoristas fardados estavam a cumprir um dia de greve, munidos de um grelhador para sandes e alguma fruta. “Estaremos aqui até são Pedro permitir”, afirmou o sindicalista, referindo-se ao facto de estar prevista chuva a partir desta tarde.

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