Será anunciada ainda esta semana a abertura de mais uma residência destinada ao acolhimento de pessoas em situação de sem-abrigo no Funchal.
Isso mesmo avançou, esta manhã, Bruno Pereira, vice-presidente da Câmara Municipal do Funchal, em declarações à margem da visita às instalações da AMI/Centro Porta Amiga, as quais foram alvo de uma empreitada de reabilitação.
Conforme recordou o autarca, esta será, portanto, a segunda casa alocada a este propósito no âmbito do projeto “Habitação Solidária”, impulsionado pelo Município do Funchal, sendo que desta vez, a nova residência abrirá portas numa zona distinta.
“No início deste mandato, abrimos na Avenida de Luís de Camões uma habitação para esse efeito e muito proximamente teremos uma segunda habitação na zona dos Barreiros”, atestou o número dois da CMF, que remeteu o anúncio desta novidade para a próxima-sexta feita.
Contudo, Bruno Pereira não deixou de denotar que o flagelo das pessoas sem-abrigo no Funchal tem dado sinais de estabilização, sendo atualmente cerca de 130 o número de cidadãos nesta situação identificados pela autarquia.
A este propósito, mais ressaltou a estratégia municipal traçada para lidar com esta realidade, a qual envolve “vários parceiros” e “vetores de intervenção”, de que a habitação transitória é exemplo, bem como a atuação das equipas de rua, no sentido de promover a reabilitação destes indivíduos.
“O nosso objetivo é ter uma sociedade mais inclusiva no Funchal, sabendo que, muitas vezes, a questão da população sem abrigo está ligada a questões de policonsumos e isso é claramente o maior desafio que temos de fazer face”, vaticinou.
Mais 200 mil euros reabilitaram edifício cedido à AMI
Já falando dos parceiros da CMF no âmbito social, Bruno Pereira destacou a importância das obras de reabilitação do edifício cedido à AMI/Centro Porta Amiga, ao abrigo de um Contrato de Comodato celebrado em 1996, o qual apresentava já “algumas patologias”.
“Esta intervenção consistiu na recuperação de pintura geral do edifício, caixilharias, pavimentos, da cobertura e no polir de todo o pavimento”, explanou o vice-presidente, ressalvando, contudo, que esta empreitada procurou igualmente respeitar e manter a identidade deste imóvel, que está inserido na zona histórica de São Pedro.
De assinalar que, ao todo, esta requalificação representou um investimento de cerca de 217 mil euros da autarquia funchalense.
“Mas mais do que a obra que a Câmara realizou o que importa relevar é o trabalho social que é desenvolvido pela AMI e que é fundamental para a população do Funchal, principalmente para aquelas famílias mais carenciadas que vêm aqui buscar apoio nas diferentes áreas”, concluiu.