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Nove homens vítimas de violência doméstica pediram ajuda à APAV na Madeira

Data de publicação
06 Junho 2024
8:49

Entre 2021 e 2023, 9 homens adultos vítimas de violência doméstica, residentes na Madeira, pediram ajuda à Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV).

De acordo com os dados hoje divulgados, é no Funchal que residia a maioria dos cidadãos assinalados (um em 2021, um em 2022 e um em 2023), seguindo-se Machico, com duas vítimas (uma em 2021 e outra em 2022).

Há ainda o registo de denúncias no Porto Santo (um em 2022), na Ribeira Brava (um em 2022), em Santana (um em 2023) e em Santa Cruz (um em 2021).

Já a nível nacional, a APAV apoiou entre 2021 e 2023 um total de 2.598 homens adultos vítimas de violência doméstica, tendo-se verificado um aumento de 38,8%, segundo dados divulgados hoje pela instituição.

Em comunicado, a APAV indica que apesar de a prevalência do crime de violência doméstica ser muito superior sobre as mulheres, os homens também são vítimas deste crime.

A maior parte das vítimas apoiadas pela APAV entre 2021 e 2023 era do sexo feminino, 25.240 correspondendo a 81,1% do total.

Dos 5.146 crimes de violência doméstica praticados contra homens adultos, o mais expressivo foi a ameaça/coação com 1.661 (32,3%), seguindo-se das injúrias/difamação com 1.465 e dos maus tratos físicos com 1.368.

De acordo com os dados, 25,7% das vítimas tem 65 ou mais anos de idade, sendo 85% de nacionalidade portuguesa, com a maioria a residir no distrito de Faro (22,4%).

Em 20,4% dos casos a vítima é cônjuge do autor ou autora, que em 50,3% das situações são mulheres entre os 35 e os 45 anos.

Mais de 50% dos homens foram alvo de vitimização continuada (54,2%), estando nessa situação entre dois a seis anos (30%), tendo as agressões ocorrido em 61% dos casos na residência.

Segundo a APAV, os homens vítimas de violência doméstica podem ser alvo de comportamentos de controlo, agressões físicas e psicológicas.

“O medo e a vergonha surgem como a principal barreira ao primeiro pedido de ajuda. O receio do descrédito e da humilhação, que pode, muitas vezes, surgir de familiares, amigos e até mesmo instituições policiais e judiciárias, impede a decisão da denúncia da vitimação”, refere a APAV.

Nestes três anos, o número de vítimas de violência doméstica apoiadas pela APAV aumentou 22,9%, perfazendo um total de 31.117 vítimas, sendo a maioria (81,1%) do sexo feminino.

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