O PAN no âmbito da proposta de Paulo Cafofo em reunir os partidos para a criação de uma alternativa de governo, considera que é possível a construção de uma alternativa no tempo certo e “sem as lideranças atuais”.
As declarações do partido surgem depois da reunião da Comissão Política Regional que já estava marcada para o dia de hoje pelas 15horas.
“A Madeira vive infelizmente uma crise de lideranças que condiciona possíveis entendimentos entre partidos. O PAN enquanto partido de construção, acredita que é possível construir uma alternativa diferente e credível, contudo a mesma não passa por líderes como Miguel Albuquerque ou Paulo Cafofo. Neste momento estamos concentrados nos desafios que temos pela frente, com a discussão da moção de censura, sendo prematuro esta proposta de reunião entre partidos, incluído os que não têm representação parlamentar, sem saber o que irá resultar da próxima terça-feira”, pode ler-se em comunicado enviado.
Num cenário de eleições, o PAN considera que a Madeira precisa de soluções que desbloqueiem o impasse político atual.
“As maiorias absolutas terminaram, e num cenário democrático os entendimentos são fundamentais. Uma sociedade evoluída constrói-se pela união de diferentes visões e o PAN ao contrário de outros não tem preconceitos ideológicos, sabendo muito bem o que cada partido defende e quais são os pontos de divergência. Como partido de centro pelas causas, não nos preocupa se as propostas vêm da direita ou da esquerda, estamos aqui pelas pessoas e é para elas que trabalhamos”, acrescentam.
“Aliás no cenário parlamentar os partidos aprovam propostas uns dos outros, venham elas da esquerda ou da direita, o que demonstra que é perfeitamente plausível chegar a atendimentos. O coordenador da Inciativa Liberal nas suas declarações confunde PAN com BE e acusa de sermos antiprogressistas, referindo ser completamente descabido chegarmos a consensos, quando ainda nesta legislatura o PAN e a IL apresentaram uma proposta conjunta”, diz o partido.
Ainda no que diz respeito à descida do IVA, IL e PS defendem “exatamente o mesmo”, tendo “anteriormente apresentado o mesmo tipo de propostas, uma redução imediata dos 30%”, com o partido a reiterar que “sempre se apresentou como partido progressista”, e “ser progressista é olhar o futuro e ter um projeto e uma visão clara para a Região, sem conservadorismos”.