Numa semana onde se celebrou o Dia Internacional das Florestas e embalados pela celebração dos 25 anos da Floresta Laurissilva enquanto património da UNESCO, o PAN considera que “celebrar a natureza é criar condições para a apreciar, mas, acima de tudo, desenvolver estratégias transgeracionais que permitam a sua resiliência e crescimento, especialmente quando as alterações climáticas, que ainda tanta gente nega, afrontam e perigam a sua subsistência”.
O PAN Madeira, em comunicado, sublinha que “trabalha com especial afinco” estas temáticas e manifesta a sua preocupação “com a desinformação, o populismo e a falta de fiscalização que ainda correm nesta área, quando, uma região cujo principal cartaz é a sua natureza, deveria congregar esforços de forma transpartidária e com a academia, baseando-se na ciência, nos especialistas e em todos aqueles que, no terreno, trabalham e esforçam-se pela proteção dos nossos ecossistemas que vão muito para além da Laurissilva, onde o zambujal, o urzal de altitude e o maciço montanhoso carecem de mais e melhor preservação e divulgação”.
Entre as medidas e projetos que o partido defende, salienta “a criação de uma plataforma online e única para denúncia ao abate, descabeçamento e mutilação às árvores e palmeiras desencadeadas por desinformação e onde existe legislação específica que proíbe estas intervenções, a recuperação do urzal de altitude enquanto bosque fazedor de água através da captação dos nevoeiros, o combate e abate de zonas intermédias de acacial e eucaliptal para colocação do gado, retirando-o dos ecossistemas sensíveis, mas salvaguardando o bem-estar animal e a subsistência da atividade silvopastoril ou, ainda, a existência de um observatório do ambiente com participação civil, entidades e associações que permitam um esforço articulado e deslocado dos gabinetes em ação à situação real”.
“Mas viver e preservar o ambiente passa também pelas áreas verdes urbanas onde, entre muitas mais, defendem a diminuição em 40% das áreas de relvado, substituindo-o por trevo ou áreas com arbustos, diminuindo a necessidade de rega e ajudando os insetos polinizadores ou, ainda, a extensão, recatalogação e incentivos a quem submeter as suas árvores enquanto património de interesse paisagístico e botânico, também previsto na lei.”, acrescenta.
Segundo o PAN, “desenhar um futuro que permita às gerações vindouras viver em qualidade passa, necessariamente, pela proteção da natureza, incrementando as áreas verdes e trabalhando, todos os dias, para a causa ambiental, pela preservação das nossas florestas e ecossistemas, pela erradicação de infestantes, pela sensibilização e educação em todas as faixas etárias”.