O PCP realizou hoje uma jornada de contacto com trabalhadores da administração pública no âmbito da campanha “aumentar salários e pensões para uma vida melhor”, para defender uma efectiva valorização dos trabalhadores que são determinantes para a prestação de serviços públicos.
Junto à Estação de Resíduos Sólidos, da Câmara Municipal do Funchal, numa acção de contacto com trabalhadores o dirigente do PCP, Ricardo Lume, denunciou que “os trabalhadores da administração pública sentem que não são valorizados, no decurso desta jornada, contactamos com trabalhadores que trabalham na administração pública à mais de 20, 30 ou 40 anos e o seu salário é o salário mínimo”.
“Trabalhadores que não veem no seu salário o reconhecimento da sua experiência e da sua formação profissional pois auferem o mesmo salário que um trabalhador que acabou de entrar nos quadros da Função Pública”, acrescenta.
“Fomos informados que o subsídio de alimentação de 6 euros é insuficiente, para pagar uma refeição, por exemplo na cantina da Escola Profissional Dr. Francisco Fernandes onde um almoço já custa 6,60 euros”, exemplifica.
O dirigente do PCP referiu que “a proposta de Orçamento de Estado para 2025 no que diz respeito aos trabalhadores da administração pública potencia a desvalorização das carreiras e o empobrecimento, pois apresenta aumentos salariais anímicos e o congelamento do subsídio de alimentação nos 6€ valor insuficiente para adquirir uma refeição em algumas cantinas de escolas na Região”.
Ricardo Lume concluiu afirmando que «esta política de baixos salários e de desvalorização das carreiras que leva ao empobrecimento dos trabalhadores da administração pública e os trabalhadores em geral não é uma inevitabilidade, é possível através da luta dos trabalhadores, garantir: Aumento salarial não inferior a 15%, no mínimo 150 euros, para todos; salário mínimo de 1.000 euros em janeiro; valorização extraordinária do salário para trabalhadores mos mais anos de serviço; subsídio de refeição de 10,50 euros.”