O candidato a secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, defendeu hoje que Portugal não pode continuar “a arrastar os pés” na escolha do novo aeroporto.
Há 50 anos a estudar a localização do novo aeroporto de Lisboa, a comissão técnica que avalia a nova localização anunciou hoje Alcochete e Vendas Novas como as melhores opções, ainda que a solução Alcochete tenha ficado mais bem posicionada.
A solução Alcochete já tinha sido a opção comunicada por Pedro Nuno Santos, na altura em que era ministro das Infraestruturas, pelo que hoje, à chegada ao Funchal para um encontro com os militantes, o candidato disse que se “perdeu um ano e meio” no projeto do novo aeroporto, mas não se comprometeu com uma escolha, considerando que precisa conhecer primeiro o relatório.
Pedro Nuno Santos foi também confrontado com os desenvolvimentos do caso das gémeas luso-brasileiras, mas não quis comentar o envio do email do filho de Marcelo Rebelo de Sousa, que sugere maior envolvimento do que inicialmente era pensado.
Sobre a Madeira, Pedro Nuno Santos defendeu a autonomia regional e o fim do cargo de representante da república, porque “a Madeira e os Açores não são colónias, são parte de Portugal”.
Mais tarde, já se dirigindo a uma sala cheia de apoiantes, entre os quais estão Sérgio Gonçalves, Carlos Pereira, Miguel Iglesias e Victor Freitas, falou de política regional, acentuando que o novo Hospital só avançou na Madeira porque “o governo do PS se predispôs” a avançar com o projeto.
Depois, enquadrou a Madeira no contexto nacional.
“Madeira e o Porto Santo não são um encargo como alguns pensam. São uma oportunidade de desenvolvimento”, disse, considerando que “o povo madeirense sempre foi um exemplo de tenacidade e perseverança”, e é, por isso, “um exemplo que pretendemos levar para o país”.
Para o candidato socialista, a autonomia das ilhas transformou a Madeira e o Porto Santo em as duas ilhas prósperas”.
Antes, Ricardo Franco, presidente da Câmara Municipal de Machico, interveio para defender a candidatura de Pedro Nuno Santos, que, a seu ver, não é “nem radical nem moderado. É com certeza socialista e equilibrado”.