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Ponta do Sol sensibiliza para o combate às plantas que invadem e ameaçam a Floresta Laurissilva

Data de publicação
06 Julho 2024
11:03

O Município da Ponta do Sol lança campanha de sensibilização à população: ‘Pela proteção da Floresta Laurissilva da Madeira é urgente o combate às plantas invasoras’.

Tema que a autarquia apresenta, este fim-de-semana, no ‘24 Horas a Bailar’, em Santana, nomeadamente na Feira dos Municípios, a qual tem como tema os ‘25 anos da Laurissilva como Património da UNESCO’.

A presidente da Câmara Municipal, Célia Pessegueiro, explica que “é importante consciencializarmos a população em geral para os perigos das plantas invasoras que ameaçam a nossa Floresta Laurissilva e exigir que quem tem responsabilidades nesta área atue de forma célere e eficaz”.

A Laurissilva é uma floresta indígena protegida e estende-se pelos concelhos do Porto Moniz, Calheta, Ponta do Sol, São Vicente, Machico e Santana.

Célia Pessegueiro diz mesmo que “neste momento, diversas áreas protegidas, como é o caso do Paul da Serra, na Ponta do Sol, outrora ocupadas por flora indígena, estão gravemente comprometidas pelas plantas invasoras, o que ameaça não só a floresta Laurissilva ainda presente nas proximidades, mas também a segurança da população. O grande planalto da ilha, que deveria estar ocupado por Urzal (urzes, uveira e sorveira, entre outras plantas), está completamente dominado pela giesta e pela carqueja”.

“Sendo de realçar que a Laurissilva e o Urzal são muito importantes para a captação da água do nevoeiro e outros processos de precipitação oculta”, reforça.

As espécies invasoras são responsáveis por graves danos nos habitats naturais e por alterações significativas na biodiversidade, levando por vezes à extinção de espécies nativas. A Legislação Nacional demarca que são os municípios que têm competências na gestão e proteção florestal, mas na Região Autónoma da Madeira essas competências são exclusivas do Governo Regional.

O Instituto de Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) tem, nesta matéria a competência de controlo de plantas invasoras e a sua erradicação no seio da Laurissilva, a recuperação de zonas degradadas e reflorestação com plantas indígenas e a realização de ações de sensibilização para proteção da floresta.

“No entanto, apesar dos milhões investidos, os resultados estão à vista, bastando uma passagem pelas nossas serras, para concluirmos que o trabalho desenvolvido pelo Instituto de Florestas e Conservação da Natureza, em termos de controlo das plantas invasoras, está a ser insuficiente” assegura Célia Pessegueiro que considera imperativo uma resposta diferente da que tem sido seguida, há anos, sem sucesso.

A autarca exige uma resposta mais eficaz e estruturada, que atue na defesa do nosso território e da floresta Laurissilva em particular, um património natural da Humanidade que existe há milhões de anos, confiado há 25 anos à nossa guarda pela UNESCO.

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