Carlos Silva, deputado do JPP e residente no Porto Santo lamenta que “mais uma vez, fica por cumprir a promessa do Governo liderado por Miguel Albuquerque, pelo PSD e CDS de substituírem o ferry Lobo Marinho por outro navio durante o período de manutenção que acontece todos os anos no mês de Janeiro”.
A partir da próxima quarta-feira e durante seis semanas, recorde-se, não haverá ligação marítima entre Madeira e Porto Santo via Lobo Marinho.
“Com as ligações regulares, de barco ou de avião, canceladas ou alteradas, o Porto Santo mergulha em coma profundo forçado”, afirma o deputado.
“Isto provoca graves prejuízos, não só para os porto-santenses que se veem isolados, mas também para os madeirenses que, querendo visitar a Ilha Dourada, têm de pagar uma pequena fortuna no avião. Logo, empresários, clubes desportivos, etc. adiam compromissos com grave prejuízo social e económico”, contextualiza.
O deputado diz que a promessa do Governo Regional de garantir um barco alternativo caiu no esquecimento e que “o princípio da continuidade territorial também não é cumprido pelo executivo madeirense, comportamento semelhante ao do Governo Central em relação à Madeira”.
Além da ausência do barco, afirma o parlamentar, as “ligações aéreas também sofreram um grave revés, com a empresa concessionária deste serviço público a impor um horário bastante mais restritivo”.
“O novo horário limita, e muito, o acesso dos porto-santenses a consultas médicas, ou outros compromissos profissionais, pelo que são de lamentar tais alterações”, considera o parlamentar.
“O que faz o Governo Regional face a esta alteração unilateral do contrato de serviço público da responsabilidade da República? Finge-se de morto”, questiona Carlos Silva
O JPP recorda que em outubro, durante as Jornadas Parlamentares, realizadas no Porto Santo, o líder do partido, Élvio Sousa, perguntava “se o Governo Regional do PSD/CDS, mas também o Chega, PAN e IL, que aprovaram o Programa de Governo, em julho, na Assembleia Legislativa Regional, já tinha em curso os procedimentos para que a operação de substituição do Lobo Marinho fosse operacionalizada em janeiro”.