Proibições que a Revolução dos Cravos deitou abaixo
Recordar o 25 de abril é também assinalar as conquistas que, com ele, foram possíveis. Neste caso, por via da ‘abolição’ das proibições que durante a ditadura estavam em vigor.
A lista de interdições é vasta e traduz a austeridade do Estado Novo na base dos seus princípios católicos.
Estas são algumas das proibições que existiam antes do 25 de abril e que, hoje, aos olhos de todos nós, seriam inconcebíveis caso existissem.
Proibido votar: O voto, hoje acessível a todos os maiores de 18 anos, era proibido. Durante o Estado Novo, era apenas um direito de quem sabia ler e escrever.
Proibido expressar-se: A censura, ou, melhor dizendo, o «lápis azul» era transversal a vários setores, designadamente a imprensa, o teatro, a música, a literatura, o cinema.
Proibido viajar livremente: A liberdade de circulação apenas se tornou possível com o 25 de abril de 1974. Antes, existiam várias restrições, designadamente no que se refere às mulheres casadas, que precisavam de autorização dos maridos para sair do país.
Proibido beijar-se na rua: Era proibido namorar na rua. Beijos em público eram considerados um atentado à moral e esta ‘infração’ pressuponha o pagamento de multas de, pelo menos, 57 escudos.
Proibida Coca-Cola: Sabia, por exemplo, que a Coca-Cola só chegou a Portugal em 1977? É verdade. Como símbolo máximo do estilo de vida americano, assim como vista com associações à cocaína, esta icónica bebida era vedada ao mercado nacional de então.
Estas são apenas cinco de dez proibições que compilámos para si.
Pode consultar, na íntegra, na edição impressa de hoje do seu JM.
RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA 
