A colocação de propaganda eleitoral de grandes dimensões do partido Chega à entrada da cidade de Câmara de Lobos está a ser alvo de críticas da parte do presidente da Junta de Freguesia, Celso Bettencourt, que criticou publicamente a situação, considerando que se trata de um exemplo de que “para alguns, vale tudo em política”.
Numa publicação feita nas redes sociais, Bettencourt salientou que “há limites que devem ser respeitados, independentemente do partido em questão” e que a população de Câmara de Lobos sente-se “revoltada e ofendida” com a instalação do cartaz. Para o autarca, esta ação demonstra uma “falta de sensibilidade” para com a identidade e o orgulho da comunidade local.
É mais um caso de indignação a envolver propaganda do Chega na Região. Ontem, o JM noticiou a colocação de um grande cartaz do partido num jardim municipal junto à Casa da Música, em Machico, sem autorização. O cartaz terá sido instalado com a remoção de relva para fixação dos postes de suporte, o que gerou forte contestação por parte da população e de fontes ligadas à autarquia.
Perante as críticas, recorde-se, o mandatário político do Chega-M defendeu que não há qualquer obrigatoriedade legal de pedir autorização para a colocação do cartaz, questionando se as reações negativas se devem apenas ao facto de se tratar do seu partido. O caso foi reportado à Comissão Nacional de Eleições (CNE).
Celso Bettencourt sublinhou ainda que os cidadãos de Câmara de Lobos terão a oportunidade de expressar a sua opinião nas urnas no próximo dia 23 de março, defendendo que a política deve ser conduzida com “ética, respeito e responsabilidade”.