O PS voltou a insistir na convocação de eleições antecipadas na Madeira, depois de instalada a crise política, com a investigação judicial que decorre e com um líder do Governo demissionário, bem como está de saída da liderança do PSD. “Não acredito que o sr. Representante da República vá passar um cheque em branco, porque o PPD/PSD nem apresenta quem será esse líder do governo a ser nomeado até à realização das eleições antecipadas”, afirmou Paulo Cafôfo aos jornalistas, no decorrer da Comissão Política do partido.
Aguardando pela reunião que Ireneu Barreto irá manter com o Presidente da República, o líder do PS/Madeira sustentou que “não faz sentido que haja a nomeação de um governo até à realização das eleições antecipadas”, que não conseguiria fazer aprovar um orçamento regional.
“Nós não queremos que, à instabilidade já criada pelo PPD/PSD e pelos partidos que sustentam este governo, somar mais uma instabilidade com um governo que só vai durar um mês e meio”. E reafirmou: “não se pode passar um cheque em branco nem legitimar este regime que apodreceu por dentro com este pacto corruptivo”, apelando por isso, mais uma vez, ao bom senso do Representante da República.
Sobre uma data para a eventual realização de eleições antecipadas, o socialista sugeriu que “é perfeitamente possível no final de maio, ou aproveitando as eleições para o parlamento europeu, a 9 de junho, poderem ser realizados dois atos eleitorais em simultâneo”.