Miguel Brito, vereador do PS na Câmara Municipal do Porto Santo, votou, hoje, contra a proposta de orçamento municipal para 2025, considerando que “não passa de propaganda política” e que “uma vez mais, o executivo camarário não irá cumprir aquilo com que se comprometeu perante a população”.
O vereador recordou que, em anteriores orçamentos, “o PS tem dado o benefício da dúvida, apresentando várias propostas, que depois acabam por não ser implementadas pela autarquia”, pelo que critica o facto do executivo “não pôr em prática nenhuma proposta da oposição e não efetivar até muitas das promessas feitas pela própria coligação PSD-CDS”.
O socialista lembrou que “em anos anteriores, houve propostas do PS que o executivo se comprometeu em aplicar, entre as quais a criação de um centro de interpretação turística e cultural, a aquisição de equipamentos multimédia para a gravação das reuniões de câmara e a requalificação do parque radical da Fonte do Tanque, mas até nisso falhou”. “Do mesmo modo, não foram acolhidas as medidas que previam a atribuição de apoios à natalidade de valor de 1.200 euros por ano nos primeiros três anos de vida das crianças e a criação de uma comissão de proteção dos idosos”, vinca o PS Porto Santo.
Naquele que é o último ano do mandato, Miguel Brito constata que “estamos perante o maior orçamento, em parte graças às verbas do PRR, à taxa turística (que rondará os 900 mil euros) e ao empréstimo de 1,8 milhões de euros para asfaltamento das estradas”. “Tratam-se de valores que vêm empolar o documento, porque de resto”, como vincou, “é um orçamento que demonstra que não passamos da propaganda política”.
Segundo o vereador do PS, “desde o início que o executivo autárquico garantiu que as suas promessas iriam ser integralmente cumpridas, mas a verdade é que não o fez”. “Se em três anos não fizeram, não é a um ano do final do mandato que esta coligação vai conseguir cumprir aqueles que eram os seus compromissos com a população”, disse Miguel Brito, vincando que este é mais um orçamento que prevê “1.001 coisas que depois não se efetivam”.