No seu habitual ponto de ordem, o presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz atira que o município “incomoda muito”.
Isto porque, segundo o edil, após ter sido anunciado, esta semana, que o concelho vai instalar câmaras térmicas para deteção de incêndios florestais, “medida anunciada como inédita e inserida num documento que concretiza um estudo sobre o risco de incêndios rurais, recentemente concluído, e que vai permitir ao executivo deliberar e decidir sobre locais de intervenção em termos de acessibilidades, limpeza de escarpas e criação de faixas de segurança”, gerou-se “barulho ou ruído”.
“O dito ruído, com esforços para demonstrar que o que Santa Cruz vai fazer já está a ser feito pelo Governo Regional, revela algo que já se desconfiava: que o que se faz neste concelho incomoda muita gente, ao ponto de se darem ao trabalho de irem procurar, nos confins do baú, uma forma de minimizar ou anular o que aqui se faz. O que, em meu entender, é um dispêndio inútil de energia que poderia estar a ser gasto, com bons resultados, em áreas onde tudo falha nesta região aparentemente de sucesso. Veja-se o caso dos meios aéreos de socorro no Porto Santo, cuja inexistência o Governo Regional só detetou quando um dos seus precisou. E isto, dado como normal, é grave”, critica o autarca.
Além do mais, Filipe Sousa escreve que “o esforço para reclamarem que já estão a fazer o que [a autarquia vai] fazer é também inútil”. “Porque o que vamos fazer é, de facto, inovador, porque não estamos a falar de câmaras térmicas móveis no carro de polícias florestais, mas sim de uma intervenção muito mais vasta, com equipamentos inovadores e sobretudo uma intervenção que vai permitir planear, antecipar e prevenir como nunca foi feito até aqui. Porque já se sabe que onde o Governo Regional reclama sucesso e intervenção, tem permitido que a Madeira arda em erros, omissões e em publicidade enganosa”, adita.
Por fim, o presidente do município acrescenta que “Santa Cruz começa a fazer e os velhos do Restelo do costume criticam ou reclamam que já foi feito. Depois, desatam realmente a fazer. Foi o que aconteceu com a taxa turística, foi o que aconteceu com algumas medidas sociais inovadoras, foi o que aconteceu com algumas realizações culturais, foi o que aconteceu e está a acontecer com alguns investimentos estruturantes, nomeadamente nas áreas da reabilitação urbana e ambiental. Tudo isto diz muito da dinâmica que tem vindo a ser implementada neste concelho desde 2013. Por isso, vamos continuar e com mais força”, remata.