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SESARAM contará com mais nove nutricionistas estagiários

Data de publicação
14 Dezembro 2023
16:31

Pedro Ramos, secretário regional de Saúde e Proteção Civil, anunciou, hoje, que a Região já recebeu autorização por parte das Finanças para avançar com os estágios de nove nutricionistas no SESARAM.

Esta notícia, recebida com uma salva de palmas, foi avançada pelo governante na sessão de encerramento da Tertúlia do Dia do Nutricionista, uma iniciativa do Serviço de Nutrição do SESARAM, que reuniu dezenas de profissionais e várias entidades regionais no Centro de Estudos da História do Atlântico.

Todavia, a garantia deixada pelo tutelar da pasta da Saúde foi a de que a Região não vai parar por aqui.

“Significa que a nossa responsabilidade está a aumentar”, vincou, recordando que desde 1974, quando a Madeira era a região “mais atrasada do país”, até aos dias de hoje, o arquipélago, que no próximo ano assinalará quase 50 anos de autonomia, acelerou muito o seu crescimento e evolução, em particular no respeitante à saúde e bem-estar.

Região segue a um ritmo diferente

No entanto, não deixou de tecer diversas críticas à gestão feita a nível nacional, considerando que, nos últimos anos, o país “retrocedeu” na área da saúde, nomeadamente em termos da “qualidade das decisões” tomadas.

“A nova organização do Serviço Nacional de Saúde, com a organização das Unidades Locais de Saúde, baseia-se na nossa organização, com um hospital diferenciado, que constitui uma resposta final, e com uma série de centros de saúde, que são o verdadeiro rosto dos cuidados da Região, porque são a porta de entrada. Esta é uma mentalidade que temos de alterar em todo o lado, mas apenas podemos fazê-lo se tivermos recursos”, começou por afirmar, reconhecendo, contudo, que a Madeira não deixa de registar atrasos, embora nunca com o tempo verificado a nível nacional.

No entender de Pedro Ramos, o cerne do problema está na falta de aposta nos cuidados de saúde primários, ao invés das urgências hospitalares. “Enquanto não entendermos isto, qualquer sistema de saúde vai bloquear e dar uma resposta negativa”, defendeu, apontando que tal contraria os avanços alcançados na medicina atual.

Ainda assim, assegurou que a Região segue a um ritmo diferente, patente no aumento mais acelerado da esperança média de vida da sua população, comparativamente ao resto do país, não deixando, todavia, de reconhecer que os desafios são constantes.

A este propósito, o secretário enalteceu ainda as diferenças verificadas no tratamento dos recursos humanos, atestando que a Madeira, mais do que o continente, tem respeitado todas as carreiras na área de saúde, ao remunerar melhor e ao dar mais oportunidades de formação e progressão.

Por sua vez, o novo hospital foi ainda apontado como a casa “pilar” neste esforço para assegurar a saúde e bem-estar da população. “O nosso sistema de Saúde tornou-se mais confiável”, advogou, entendendo que tal permite pensar num sistema de saúde do Atlântico, que dá respostas a outras populações fora da RAM.

Certo é que, para dar continuidade este esforço, Pedro Ramos afirma que a RAM irá contar com as verbas do Programa comunitário 20-30 e do Plano de Recuperação e Resiliência, que ascendem a mais 2 mil milhões de euros, as quais, a seu ver, são uma “oportunidade”.

Já sobre a Nutrição, o governante enalteceu a evolução e capitação dos profissionais da Região, garantido que o executivo madeirense está empenhado nesta área e relembrando ainda que os produtos com marca Madeira são “diferentes”.

Recorde-se que o SESARAM conta atualmente com 32 nutricionistas, 13 nos serviços hospitalares e 19 nos cuidados de saúde primários.

De assinalar que a sessão de encerramento contou ainda com a presença da bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Liliana Sousa, e do diretor da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação, da Universidade do Porto, Pedro Graça.

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