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Sindicato a favor do chumbo do Orçamento da Madeira que não era benéfico para administração pública

Data de publicação
11 Dezembro 2024
18:56

O Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas (STFPSSRA) concorda com o chumbo do Orçamento da Madeira para 2025, justificando que o documento não é benéfico para a administração pública.

Em declarações à agência Lusa, o coordenador da delegação da Madeira do STFPSSRA, Nélson Pereira, disse não ter “interesse especial em novas eleições”, mas sublinhou que “o sindicato procura sempre que os trabalhadores sejam valorizados”.

As propostas de Orçamento e Plano de Investimentos para 2025 apresentadas pelo Governo da Madeira, liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque, foram rejeitadas na discussão na generalidade, que decorreu na segunda-feira.

Os documentos mereceram os votos contra de PS, JPP, Chega, IL e PAN. PSD e CDS-PP, que não garantem a maioria absoluta, foram os únicos a votar a favor.

O chumbo do Orçamento não implica a demissão do Governo, mas significa que a região será governada em regime de duodécimos em 2025 ou até que novos documentos sejam apresentados e aprovados.

À Lusa, Nélson Pereira, salientou que o orçamento apresentado pelo Governo da Madeira não contemplava medidas significativa para os trabalhadores da administração pública, pelo que é “bem-vinda a sua não aprovação”

“Seja qual for o governo, para nós o que interessa, sem dúvida, é a defesa dos trabalhadores, seja qual for o partido que esteja a governar a Região Autónoma da Madeira”, declarou.

Nélson Pereira considerou ainda que governar em duodécimos “não é nenhuma coisa de outro mundo”, reforçando que o sindicato está “ao lado” do chumbo do Orçamento Regional para 2025.

Se o executivo madeirense apresentar um orçamento com melhorias significativas, o sindicato não tem interesse na realização de eleições antecipadas, referiu, ressalvando, contudo, que não acredita que tal aconteça, pelo que “é positivo que haja novas eleições e que haja mudanças concretas”.

Entre as reivindicações da delegação da Madeira do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas está o aumento para 1.000 euros da base remuneratória da administração pública.

Para o sindicato, 915 euros “é insuficiente” e é com base no valor dos 1.000 euros que a estrutura “vai continuar a reivindicar”.

A Lusa tentou também contactar, sem sucesso, o Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública da Região Autónoma da Madeira.

Depois do chumbo do Orçamento Regional para 2025, na terça-feira é votada uma moção de censura ao Governo Regional apresentada pelo Chega, que justificou a apresentação do documento com os processos judiciais envolvendo Miguel Albuquerque e quatro secretários regionais, constituídos arguidos em casos distintos.

A moção deverá ser aprovada caso as intenções de voto de PS, JPP, Chega e IL se confirmem e implica a demissão do Governo Regional e a permanência em funções até à posse de uma nova equipa.

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