Helena Azevedo, presidente da Comissão Diretiva do Sustentável 2023, à margem da apresentação do respetivo programa, afirmou que se estão a mobilizar opções de investimento relevantes para a transição energética e climática.
Conforme fez questão de sublinhar, tal ação surge com o propósito de dar resposta aos desafios que decorrem da sustentabilidade e transição climática, com especial foco na descarbonização. “Portugal enfrenta exigentes desafios ao nível da adaptação às alterações climáticas e da transição energética. As intervenções que vão ser possíveis de financiar através do Sustentável 2030 são fundamentais para enfrentar estes desafios, bem como para cumprirmos com o objetivo da neutralidade carbónica em 2050”, asseverou.
Promover a adaptação às alterações climáticas, a prevenção dos riscos de catástrofe e o reforço da resiliência é um dos objetivos estratégicos do programa e, tendo em conta as características climáticas e da Madeira, esta torna-se especialmente vulnerável ao aumento da temperatura, à redução da precipitação, à ocorrência de eventos meteorológicos extremos e à subida do nível médio do mar, pelo que as intervenções são prioritárias na Região.
Por isso, as intervenções irão consistir no fortalecimento da resiliência das zonas costeiras e das áreas com maior risco de inundação e de derrocadas aos riscos decorrentes das alterações climáticas, no fomento ao desenvolvimento e à transferência de conhecimento em temas relevantes para a mitigação dos efeitos nefastos das alterações climáticas, no robustecimento da resiliência regional aos riscos associados às alterações climáticas, numa verba prevista de 136 milhões de euros.
Helena Azevedo frisou, ainda, a possibilidade de haver ajustamentos. Ademais, avançou que as principais entidades beneficiárias são a administração pública regional e local, entidades do setor público empresarial regional e outras entidades, mas que os destinatários, esses, são, de facto, as populações. Mais referiu que os avisos estão abertos até 30 de julho de 2024.