A Madeira segue as diretivas da Agência Europeia do Medicamento e tem autonomia para antecipar a vacinação dos jovens com mais de 12 anos, mesmo sem o parecer da Direção-Geral da Saúde, esclareceu hoje fonte do Governo Regional.
"A Madeira segue as recomendações da Agência Europeia do Medicamento e tem como grande objetivo acelerar a vacinação nesta Região Autónoma para maior proteção da população", afirmou fonte do gabinete do secretário da Saúde da região.
Também salientou que "a Madeira tem autonomia e as especificidades regionais podem determinar outras orientações" nesta área.
A mesma fonte referiu ainda que a Direção-Geral da Saúde (DGS) "apenas vai dar uma orientação, um parecer" em relação a esta medida e vincou que "a Madeira, tal como os Açores, têm autonomia e podem antecipar" as medidas.
O Governo Regional e as autoridades de saúde do arquipélago têm "o entendimento de que é preciso acelerar a vacinação para proteger a população o mais rapidamente possível", reforçou.
A mesma fonte mencionou outras medidas que a região adotou e "foi pioneira", como a "implementação do centro de rastreio no Aeroporto e o uso de máscara", complementando que "a vacinação de jovens com mais de 12 anos é outro exemplo".
"Esta medida está enquadrada nas determinações da Agência Europeia do Medicamento", enfatizou.
O secretário da Saúde e Proteção Civil da Madeira anunciou hoje que a região vai iniciar no próximo sábado o processo de vacinação de jovens a partir dos 12 anos.
"Vamos ter um ‘open day’ no próximo sábado. Queremos vacinar mais rapidamente possível entre os 12 e os 17 anos, usando as vacinas que são recomendadas pela Agência Europeia do Medicamento, que são a Johnson e a Pfizer", declarou Pedro Ramos no decorrer da visita que efetuou ao Centro de Vacinação do Funchal.
O governante explicou que a vacina da Johnson será administrada "a partir dos 18 anos para os indivíduos do sexo masculino", enquanto com a Pfizer serão inoculados os "jovens entre os 12 e 17 anos"
"Não será preciso fazer agendamento", devendo as pessoas deslocar-se ao Centro de Vacinação do Funchal, localizado no Madeira Tecnopolo, salientou o responsável da Saúde madeirense
Pedro Ramos argumentou que, embora a "vacinação seja facultativa, portando não obrigatória", constitui "um ato de cidadania quando temos problemas de saúde pública e queremos controlar no que diz respeito a esta pandemia que tem afetado a todos".
"Estamos a vacinar as crianças e todos os escalões etários estão a ser protegidos", sublinhou o governante do executivo insular.
Os dados oficiais apontam que mais de 51% da população residente na região já tem a vacinação completa e que 62,5% está parcialmente vacinada.
A Direção Regional da Saúde (DRS) informou na segunda-feira que a Madeira registou 15 novos casos de infeção por SARS-CoV-2, 234 situações ativas e sete doentes internado nas unidades polivalentes do Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, que tem os cuidados intensivos sem doentes.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.169.966 mortos em todo o mundo, entre mais de 194,6 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.
Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.292 pessoas e foram registados 953.059 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.