A retirada da Caixa Multibanco na sede da Associação Desportiva do Campanário está a gerar revolta na localidade.
A partir de 31 deste mês, a caixa multibanco deixará de estar acessível, causando transtornos à população do Campanário, que terá "apenas com um multibanco na estação de serviço do Campanário", conforme pode ler-se em comunicado enviado pela AD do Campanário, onde Luís Drumond, presidente da Associação, teve críticas à rescisão unilateral por parte do BPI.
"Esta decisão irreversível, deixará a população do Campanário (cerca de 5000 habitantes) e zona nascente de Ribeira Brava (Zonas altas de São Paulo e zona de São João, e parte poente da Quinta Grande (vera Cruz) que acedem à via rápida preferencialmente pelo Campanário) apenas com um multibanco na estação de serviço do Campanário. Após o encerramento da dependência do Banco Espírito Santo do Campanário, e da retirada do Multibanco do edifício do Centro Cívico de Campanário, agora cabe ao Campanário Centrum Club, localizado junto ao nó da via rápida do Campanário, e por esta razão, com posicionamento estratégico, ficar mais pobre nos serviços que proporcionava à comunidade envolvente", pode ler-se no comuicado, que teve críticas à decisão.
"A situação é de difícil compreensão, pois quase todas as semanas esta caixa é comprovadamente carregada pela empresa de reposição de valores, sendo muito procurada pelos que ali passam", pode ler-se ainda.
No entender de Luís Drumond, presidente da Associação Desportiva do Campanário, estes encerramentos, mesmo que suportados na viabilidade económica, demonstram a voracidade da Banca no geral e a apatia do poder Governativo, especialmente o central, pois, estas instituições de modo cada vez mais evidente, encerram balcões e caixas multibanco não rentáveis, e mais periféricas, dando um forte contributo para a crescente dificuldade das populações periféricas, e de menor densidade.
Daniel Faria