O presidente do Governo Regional esteve esta tarde no Curral das Freiras, onde reiterou a intenção de ver avançar a construção de um teleférico naquela freguesia, ao mesmo tempo que desvalorizou a contestação que levou mesmo a uma ação popular que deu entrada na segunda-feira, como avançou o JM.
"Quando fizemos o teleférico do Funchal também houve contestação. Todos os dias contestavam, e hoje o teleférico não afeta ninguém, toda a gente o aceita, e considera que é um dos polos de atração turística da cidade", disse Miguel Albuquerque, à margem de uma visita a duas obras, no Ribeiro da Achada e no sítio do Colmeal.
"O que estamos fazendo a fazer é considerar o concurso internacional para estabelecermos um teleférico aqui no Curral das Freiras, com estudos de impacto ambiental", frisou, argumentando que "em todas as partes do mundo os teleféricos são considerados como o meio de transporte mais ecológico".
Miguel Albuquerque prometeu que o projeto será para avançar.
"Podem continuar a contestar, podem averiguar o processo, não há nada para esconder", disse. "É um polo de atratividade turística nesta freguesia, tem um impacto residual em termos paisagísticos, é ecológico e não é definitivo."
A terminar, o governante atribuiu a contestação a "interesses partidários".
"Acho engraçado que é o Partido Comunista que está a contestar", disse, ainda, antes de atirar: "Ou seja, a ecologia serve para fazer política."
Requalificação do Ribeiro da Achada e intervenção no talude do Colmeal
Quanto às obras visitadas pelo presidente do Governo e pelo secretário regional dos Equipamentos e Infraestruturas, Miguel Albuquerque enalteceu a importância de ambos os investimentos na proteção da população do Curral das Freiras.
"Uma delas é a requalificação e arranjo do Ribeiro da Achada, que transbordou aquando do 20 de Fevereiro", contextualizou. "É um ribeiro muito perigoso, que ameaça o centro da vila do Curral das Freiras, e neste momento estamos a canalizá-lo, a garantir condições de segurança para o escoamento das águas e a fazer muralhas."
Esta obra, financiada pela Lei de Meios, está orçada em cerca de 1,6 milhões de euros.
Já no sítio do Colmeal decorre uma obra de intervenção a um talude "que está em vias de erosão acelerada", indicou o governante. Esta obra, ao abrigo do POSEUR, representa um investimento que vai ascender a 4,267 milhões de euros. "É essencial para garantir esta zona muito habitada aqui do Colmeal, em termos de segurança de circulação dos residentes e dos visitantes", considerou.
Marco Milho