As apreensões ocorreram em missões de combate ao consumo e tráfico destas substâncias, a maioria ainda não está devidamente criminalizada.

A Polícia de Segurança Pública (PSP) já realizou 97 processos relacionados com processos de tráfico e consumo de substâncias psicoativas durante o ano de 2022, revelou esta tarde Pedro Ramos, durante a 1.ª reunião da "Comissão Novo Olhar - Combate às Novas Substâncias Psicoativas", encontro realizado na secretaria da Saúde e que reuniu 15 personalidades de várias entidades da saúde e dos meios judiciais.

O secretário regional da Saúde e Proteção Civil confirmou, ainda, que esta nova comissão vai trabalhar rapidamente para criminalizar as novas drogas psicóticas, que têm sido um flagelo para a RAM. Porém, o maior problema está na "quantidade de substâncias das Drogas Psicoativas" já apreendidas, que passou "de 2.190 gramas em 2021 para as 12.000 gramas em 2022", ressalva. Mas, adianta o governante, também explicaram que "foram devido às ações policiais com outra dimensão, que acabaram por apreender uma maior quantidade na posse das pessoas que tinham estas substâncias".

A finalizar, Pedro Ramos revelou que estas "drogas chegam à Madeira" por via postal, dai ser importante as autoridades saberem "como se faz este tipo de aquisição". Isso passa, reforça "por criminalizar e aumentar o valor da coima para todos os que têm na sua posse este tipo de substância".

As "Novas Substâncias Psicoativas" são um novo estupefaciente ou psicotrópico, de composto puro ou numa preparação, que não está controlado pela Convenção Única das Nações Unidas de 1961 sobre os estupefacientes, Convenção das Nações Unidas e ainda a Lei portuguesa. As substâncias psicotrópicas são uma ameaça para a saúde pública comparável à das substâncias lista de substâncias controladas.

Paulo Graça