No seguimento das regulares ações de monitorização fitossanitária levadas a efeito pelo Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) na RAM foi confirmada, na passada semana, a ocorrência de Rhynchophorus ferrugineus, conhecido como o escaravelho das palmeiras, em 3 exemplares existentes na ilha do Porto Santo.
Conforme o IFCN informa, em comunicado enviado às redações, perante esta situação, foram desde logo acionadas as medidas consideradas adequadas para a mitigação do problema, adotando-se como medida precaucionária a aplicação de um inseticida de elevada eficácia, seguido do corte das copas das palmeiras e sua queima no local, para evitar o risco de dispersão do inseto, tendo o restante dos caules sido segmentados em tamanhos mais pequenos e enterrados no solo.
Contudo e apesar da atuação efetuada, O IFCN considera "que poderão existir ainda outros focos na Ilha, pelo que prosseguem no terreno trabalhos de monitorização e levantamento de outras palmeiras que possam vir a ser afetados de modo a, de forma atempada, serem adotadas as necessárias medidas mitigadoras e a aplicação de tratamentos preventivos nos núcleos e exemplares mais emblemáticos do Porto Santo".
A presença desta praga nas palmeiras é conhecida por provocar o desprendimento das suas folhas com surgimento de larvas na base das mesmas; o descaimento das folhas centrais, que amarelecem e secam; e a amálgama de fibras cortadas e húmidas com cheiro fétido.
Nesse sentido e de forma preventiva o Instituto das Florestas e da Conservação da Natureza, IP-RAM "desaconselha o transporte de palmeiras da ilha da Madeira para a ilha do Porto Santo e, no espaço de 12 meses, que não sejam cortadas folhas verdes das palmeiras, uma vez que o corte das mesmas promove a libertação de um atrativo para o gorgulho das palmeiras e consequentemente para a postura dos seus ovos".
"Caso seja detetado, por residentes e ou forasteiros na Ilha do Porto Santo, palmeiras com a copa sem ápice e com as palmas caídas no centro da sua copa, solicita-se comunicação ao Instituto das Florestas e Conservação da Natureza e respetivo Corpo de Polícia Florestal na Ilha do Porto Santo e à Administração Pública Regional do Porto Santo", pode ler-se.
Esta praga foi já detetada na Ilha da Madeira nos anos 2009 e 2010 tendo-se, nos casos em que os tratamentos preventivos foram efetuados, obtido resultados positivos.