MADEIRA Meteorologia

Artigo de Opinião

Deputada do PSD/M na ALRAM

17/08/2022 08:00

Agosto também é o mês dos arraiais, das festas populares que finalmente regressaram após dois anos de paragem. Contudo, para outros, este é um mês de muito trabalho, pois há sempre que manter a economia a funcionar. Há setores que acalmam um pouco a sua atividade, mas há outros que nem por isso! E por isso, começo esta minha crónica por agradecer a todos quantos trabalham para que outros possam descansar e principalmente, para que a nossa Madeira e o Porto Santo possam continuar a receber tão bem os turistas e os que escolhem o nosso arquipélago para fazer férias e para continuar a ser um destino de excelência!

Dos sectores que não abrandam, que não tiram férias, e aos quais as férias só complicam ainda mais o seu funcionamento, é impossível não olhar para a saúde, que no território de Portugal continental não dá sinais de melhoria para desgosto de milhares de pessoas… Apesar do pedido feito pela senhora ministra da saúde durante o mês de julho para as pessoas não adoecerem nas férias para não aumentar os constrangimentos nas escalas dos serviços de urgência, tal não aconteceu. Ora vejamos: prestar assistência a uma grávida e fazer nascer uma criança em determinadas zonas do continente neste momento é uma proeza! É só acompanhar os boletins informativos e assistir à quantidade de notícias que relatam as urgências das maternidades e as urgências pediátricas fechadas em horários que não lembram a ninguém e com motivos ainda piores!

E sobre este assunto, o caro leitor já viu alguém do PS Madeira apontar o dedo? Cá nada! Em vez disso, veio o presidente sombra do maior partido da oposição regional, do alto da sua sabedoria imensa, dizer que os madeirenses não esquecem o que Passos Coelho fez à Madeira! É caso para dizer: meu caro senhor, e quem foi que causou isso tudo? Quem chamou a troika? Ou quando o assunto é José Sócrates, os senhores assobiam para o lado?! Deixem lá a música do Carlão em paz, e comecem sim a colaborar ativamente para que as questões pendentes da Madeira que carecem de resolução por parte do governo central sejam resolvidas de uma vez por todas! Haja coragem para serem verdadeiros interlocutores e reais defensores da autonomia!

É urgente que se assuma de uma vez por todas, que Portugal tem questões estruturais que precisam ser encaradas de frente, sob pena de hipotecarmos ainda mais a vida das gerações vindouras! E quando falo de questões estruturais, não me limito à saúde! A saúde sofreu e muito com a pandemia, com grande parte dos profissionais a serem espremidos até ao tutano, que neste momento estão exaustos e aos quais é humanamente impossível pedir mais; falo também de áreas como a segurança social, a educação, a agricultura e o ambiente que estão à beira de um colapso.

Ainda ontem, na continuação da novela infinita da TAP, assistimos a mais um comentário absolutamente descabido por parte do ministro das infraestruturas, Pedro Nuno Santos, a pedir "sentido de responsabilidade" aos funcionários da TAP; é caso para perguntar a sua excelência onde está o sentido de responsabilidade do seu governo no que diz respeito à continuidade territorial e à mobilidade aérea entre o continente e os arquipélagos? Não é possível continuar a assobiar para o lado nesta matéria também, ou então vamos mesmo de mal a pior.

Mas numa coisa concordo com o presidente sombra dos socialistas madeirenses, as eleições legislativas de 2023 servem sim senhor para eleger o governo regional, pois tá claro! Mas servem acima de tudo para saber distinguir os que apoiam e defendem verdadeiramente a autonomia da Região Autónoma da Madeira e os que continuam a assobiar para o lado!

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