Irene Lucília Andrade deixou hoje um apelo na Feira do Livro do Funchal, onde foi homenageada.
“Continuem a ler os autores madeirenses” apelou a escritora, contente com o “tributo inesperado”, segundo disse, que lhe foi prestado.
A autora de obras de poesia, ficção, crónicas, entre outras, agradeceu, especialmente, a circunstância de ter sido homenageada juntamente com outros dois autores madeirenses que admira.
Cabral do Nascimento e Ana Margarida Falcão, já falecidos, foram os outros dois autores lembrados no momento inaugural do evento.
Coube ao ator Filipe Crawford receber o louvor em nome do avô, o poeta Cabral do Nascimento. Elogiou o percurso do antepassado, com o qual aprendeu a ler e a escrever.
Pedro Falcão agradeceu “do fundo do coração” a homenagem à mãe, dizendo que momentos destes são importantes para manter viva a memória de quem já partiu.
A sessão começou com os discursos do comissário das Comemorações dos 500 anos de Camões, José Bernardes, e da presidente da Câmara Municipal do Funchal, Cristina Pedra.
“Camões uniu-nos e continua a unir-nos como ninguém conseguiu”, disse o professor catedrático fazendo votos para daqui a 500 anos continue a haver Portugal e o poeta se mantenha um elo de ligação de toda a comunidade.
Cristina Pedra salientou o número de participantes, dizendo que esta é a maior feira até ao momento e falou a importante da leitura na formação dos cidadãos. A autarca destacou também a ligação desta edição, pela via da sustentabilidade, à Bienal Arte e Design, evento portador de uma forte mensagem ecológico que vai decorrer até ao final de junho em todo o concelho.
A 51.ª Feira do Livro do Funchal decorre até 6 de abril, na Avenida Arriaga, com 34 stands, entre livreiros, editores e alfarrabistas.