No dia 19 de dezembro, pelas 17h30, o Museu de Fotografia da Madeira – Atelier Vicente´s, espaço tutelado pela Secretaria Regional de Turismo e Cultura, através da Direção Regional da Cultura, abrirá as suas portas à exposição temporária “’Foto Figueiras – Reminiscências de Outrora’.
Conforme informa uma nota enviada à redação, a ‘Foto Figueiras’, fundada em 1930 por António Gomes Figueira e Carlos Melim, começou por ser uma loja de artigos fotográficos, mas rapidamente expandiu a sua atividade como estúdio de captação de imagem.
“Sendo uma referência no panorama regional, dedicou-se à fotografia de paisagem e de estúdio. O facto de estar localizada no Largo das Fontes, próximo do terminal das carreiras de autocarros provenientes das zonas rurais, permitiu que fossem muitos aqueles que aproveitassem para “tirar o retrato””, recorda a mesma nota.
No entanto, a 27 de dezembro de 1989, o estúdio encerrou ao público, tendo o Governo Regional, através do então Photographia – Museu “Vicentes”, adquirido o espólio fotográfico do mesmo.
Esta mostra, com 52 fotografias, pretende, assim, “desafiar o visitante a realizar um exercício de memória, contrapondo as imagens que identifica ao longo do circuito expositivo com a atualidade”.
“Para esse exercício, pode recorrer a códigos QR que estarão disponíveis ao longo do percurso expositivo. As semelhanças e diferenças que encontrará estarão sempre associadas a vivências, a ações ou a episódios que fizeram parte da História da Madeira. Será possível observar referências a atividades e ofícios que se perderam no tempo, ruas que deram lugar a avenidas, construções que surgiram e outras que desapareceram, margens que se afastaram ou se aproximaram. Paisagens e momentos captados com a paixão de quem, ao longo de 59 anos de atividade, soube captar de forma exímia instantes que se perpetuam na memória de todos nós”, pode ler-se ainda,
Para o secretário regional de Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, este é um momento importante na “divulgação de ‘retratos’ da nossa história individual que nesta exposição abrange o coletivo”.
“São estes fragmentos que nos definem culturalmente e nos tornam únicos”, frisou.
De referir que a este projeto expositivo do MFM-AV denominado Contraponto foi atribuído o valor de 5.091,88 euros contemplado no Promuseus 2023, o Programa de Apoio a Museus da Rede Portuguesa de Museus que tem por objetivo incentivar a qualificação dos museus portugueses, contribuir para a preservação do património cultural e melhorar a prestação de serviços ao público.
Destina-se a todos os museus da Rede Portuguesa de Museus - à exceção dos museus dependentes da administração central (DGPC e Direções Regionais de Cultura).
Gerido pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), o programa teve este ano um montante máximo de apoio financeiro a atribuir, por candidatura, de 50 mil euros, à exceção da área das parcerias, cujo valor máximo foi de 70 mil euros.
O ProMuseus atribuiu em 2023 cerca de um milhão de euros a áreas desde investigação a exposições a um total de 40 projetos entre 83 candidaturas apresentadas. O concurso teve como áreas preferenciais a apoiar, este ano, o estudo, investigação e exposições, inventário, documentação e digitalização de coleções, acessibilidade e inclusão, e capacitação de equipas.