O Benfica apurou-se hoje para a final da Supertaça masculina de andebol, após bater o Marítimo, por 37-31, em Santo Tirso, depois de uma primeira parte equilibrada.
No Pavilhão Municipal de Santo Tirso, os ‘encarnados’, detentores deste troféu, abriram o jogo com dois golos sem resposta e o Marítimo respondeu com o primeiro de Délcio Pina, dando assim o mote para o que iria ser a sua exibição durante a primeira parte.
A equipa madeirense apresentou-se descontraída, apostou quase sempre em soluções coletivas para visar a baliza adversária e, ao mesmo tempo, foi aproveitando os erros ‘encarnados’ para não ficar para trás marcador.
O Benfica mostrou-se precipitado e impaciente no plano ofensivo e recorreu várias vezes a ações individuais, por exemplo através do central israelita Yoav Lumbroso.
O lateral maritimista Délcio Pina revelou-se uma permanente dor de cabeça para a defesa benfiquista, tendo saído para o intervalo com sete golos marcados graças ao seu poderio físico e rematador.
Com uma exibição sofrível e algumas ausências de peso na equipa, com destaque para a do lateral sérvio Petar Djordjic, lesionado, o Benfica não conseguiu impor totalmente o seu favoritismo na primeira parte face a um Marítimo muito bem organizado e, por isso, foi para o intervalo a ganhar por apenas um golo.
A segunda parte foi um pouco diferente, com um Benfica sobretudo mais agressivo e mais seguro na defesa, o que criou maiores dificuldades ao opositor.
Délcio Pina abriu a segunda metade deste jogo com um golo que deixou tudo empatado (17-17), o Benfica respondeu com dois golos consecutivos e o Marítimo apostou no ‘7x6’ ofensivo, numa clara tentativa para lutar pelo resultado.
Gustavo Capdeville mostrou serviço com duas boas defesas seguidas e a partir daí, por fim, o Benfica ganhou alguma vantagem no marcador e chegou aos 40 minutos com uma vantagem de cinco golos (24-19), a maior até esse momento.
Muito dependente do poder rematador de Délcio Pina, melhor marcador deste encontro, com 14 golos apontados, o Marítimo começou a ceder e a cometer erros que lhe saíram caros ante um adversário que, neste período, se exibiu a um nível superior ao da primeira parte.
O Marítimo nunca se deu, ainda assim, por vencido e a menos de 10 minutos do fim perdia por um golo (27-26), mas o Benfica não lhe permitiu grandes veleidades e num ápice passou o resultado para 37-31.
O Benfica vai agora esperar pelo resultado da segunda meia-final da Supertaça, entre o Sporting e o FC Porto, para conhecer o seu adversário na final marcada para domingo, no mesmo recinto, às 18:00, e então tentar defender o troféu conquistado na época anterior.
Jogo no Pavilhão Municipal de Santo Tirso
Benfica - Marítimo, 37-31.
Ao intervalo: 17-16.
Com arbitragem de Hugo Xavier e Alexandre Bragança, as equipas alinharam e marcaram
- Benfica (37): Gustavo Capdeville, Miguel Sánchez-Migallon (5), Alexis Borges (2), Yoav Lumbroso (2), Ander Izquierdo (3) e Demis Grigoras (5) e Ole Rahmel (11). Jogaram ainda: Filip Taleski (3), Stiven Valencia (2), Paulo Moreno (3), Bélone Moreira, Afonso Mendes, Rui Baptista e Nikola Zoric (1).
Treinador: Jota González.
- Marítimo (31): Diogo Valério, Alfredo Torres (1), Délcio Pina (14), Leandro Semedo (3), Pedro Peneda (1), Eldin Vrazalica (2) e Nuno Oliveira. Jogaram ainda: Tomás Abreu, Ruben Ribeiro, João Macedo, António Machado (3), Melwin Bckman (2), Nuno Reis e Ruben Santos (5).
Treinador: Paulo Fidalgo.
Marcha do marcador: 3-3 (05 minutos), 4-5 (10), 7-6 (15), 9-10 (20), 14-13 (25), 17-16 (intervalo), 19-17 (35), 24-19 (40), 26-21 (45), 27-25 (50), 32-28 (55) e 37-31 (final).
Assistência: cerca de 300 espetadores.