A Associação Portuguesa de Futebol (APF) celebrou o 60.º aniversário da sua fundação sob a organização do presidente Paulo Milho e elenco diretivo, que foi auxiliado por Quintino Valente, um experimentado dirigente associativo e vice-presidente da Assembleia-Geral. E o momento também serviu para lançar um apelo no sentido de serem facultados apoios para manter esta entidade em funcionamento.
A APF sediada na cidade industrial de Vanderbijlpark, situada em Vaal River no sul da Província de Gauteng com mais de 95.000 habitantes entre os quais muitos portugueses com um significativo número de emigrantes oriundos da Ilha da Madeira que se dedicam a variadas atividades económicas que vão desde o pequeno comércio, supermercados e agropecuária esta uma atividade importante na economia sul africana.
Um grande número de pessoas participou no evento, excedendo as expetativas dos organizadores, o que contribuiu para um convívio bem animado, não só pela ementa como também pela exibição do rancho folclórico, que sob a orientação de Sara Valente, exibiu um reportório de músicas e cantares portugueses que agradou a todos os presentes, entre os quais muitos sul-africanos e de outras nacionalidades.
Marcaram ainda presença nas celebrações o Coordenador do Ensino da Língua Portuguesa, Joel Campos, e o Adido Social da embaixada de Portugal em Pretória, Paulo Valor.
Esta associação promove atividades desportivas como o futebol e hóquei em patins, além de ministrar aulas de português, apesar das dificuldades com que se debate. Tem ainda em atividade uma escola de dança, que serve para aprimorar os jovens.
Quintino Valente explicou ao JM que é preciso “fazer sacrifícios para manter viva quer a nossa língua, quer a nossa cultura a fim de a perenizar. Acho que é uma responsabilidade nossa que não nos podemos subtrair”.
“Temos muito menos patrocinadores pois houve companhias que encerraram as suas atividades, outros regressaram à terra e alguns abandonaram o país para se radicarem em diferentes para diferentes destinos como para Nova Zelândia, Austrália, Reino Unido e outras pessoas faleceram”, acrescentou.
“Vamos tentar navegar na esperança de levarmos o barco a bom porto, não há margens para despesas e se nos pudessem auxiliar com quatro ou cinco trajes regionais da Madeira, ficaríamos muito agradecidos, pois as dificuldades que enfrentamos, como já mencionei, não dispomos verbas para aquisição destes trajes”, disse.
“Apesar de todas as dificuldades para manter a ‘porta aberta’, vamos dar o nosso melhor em prol daquilo que acreditamos ser um dever manter a divulgação e ensino da nossa língua, da nossa história e da nossa cultura”, rematou.