O ex-governador de Mérida, na Venezuela, Williams Dávila Barrios, preso político lusodescendente, foi hospitalizado e seu estado de saúde é estável, anunciou ontem o filho através da rede social X.
Nas últimas horas, surgiram mensagem nas redes sociais venezuelanas de que o antigo governador e político na oposição tinha morrido, o que levou o filho, William Dávila Valeri, a negar essa informação e afirmar que o pai estava hospitalizado.
“Williams Dávila encontra-se internado numa clínica, com um estado de saúde estável, mas sob supervisão constante”, escreveu.
No sábado, a Organização de Estados Americanos (OEA) pediu ao Governo venezuelano que liberte o preso político luso-venezuelano Williams Dávila e que lhe seja prestada assistência médica com urgência.
O pedido da OEA aconteceu um dia depois de o congressista norte-americano Mario Díaz-Balart manifestar preocupação com o estado de saúde Williams Dávila, detido após as eleições presidenciais de julho na Venezuela.
Antigo governador de Mérida, Williams Dávila, 73 anos, foi detido em 08 de agosto na Plaza los Palos Grandes (leste de Caracas) por homens armados, após uma vigília pelos presos políticos, em que participaram centenas de pessoas.
Esta é já a segunda hospitalização, este ano, do opositor e antigo governador do estado de Mérida. Em 14 de agosto, os familiares denunciaram que tinha sido hospitalizado em estado grave.
Quatro dias depois, em 18 de agosto, pediram ao Governo da Venezuela para não o transferir de um hospital local para uma cadeia, advertindo que estariam a condená-lo à morte.
E em 17 de outubro, o filho anunciou através das redes sociais que o seu estado de saúde do país “continuava a ser delicado” e que “um confinamento prolongado” na prisão dos serviços de informação venezuelanos, Helicoide, “pode agravá-lo”.
Em 9 de agosto, o Governo português exigiu às autoridades venezuelanas “a libertação imediata e incondicional de Williams Dávila Barrios”, com nacionalidade portuguesa.
Numa declaração na rede social X, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, afirmou que “Portugal insiste na libertação dos opositores políticos detidos, na garantia da liberdade de manifestação política e na transparência democrática, em contacto estreito com os Estados da região e com os parceiros da UE”.