“O mercado português continua a ser decisivo para as unidades da Savoy Signature”, sobretudo para o Saccharum, na Calheta, que está em destaque este ano na Bolsa de Turismo de Lisboa, e para o Savoy Palace, no Funchal.
Constatação de Roberto Santa Clara, esta tarde, no stand da marca, na FIL, o qual diz que o mercado nacional responde bem quando percebe que o produto corresponde aquilo que está a pagar. Aliás, no que toca especificamente ao Savoy Palace, que está posicionado para um cliente elevado, é precisamente o mercado nacional que mais se destacada, à frente da Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos.
Sobre outra unidade hoteleira, o Calheta Beach, o CEO garante que continuará com o regime all-inclusive, o que não significa, conforme sublinhou, que não tenham vindo a melhorar o produto. Destacou, aliás, as obras de melhoramento do ‘Onda Azul’ há menos de um ano. “Em conjunto com o Calhau, significa que estamos a oferecer na Calheta dois beach clubs fantásticos, quer para os nossos hospedes quer para os madeirenses”, realçou.
Quando à eventual aposta do grupo além Madeira, Roberto Santa Clara é cauteloso e afirma que isso só acontecerá quando encontrarem um ativo que se posicione ao nível das espectativas do grupo. “Continuamos à procura, continuamos a avaliar. Mas, mais do que concretizar, é fazê-lo no momento certo com o produto que queremos que honre o portefólio Savoy Signature”, apontou.
Questionado sobre se pretendem trabalhar para entrar no roteiro Guia Michelin, cuja gala realizou-se, ontem, no Algarve, Roberto Santa Clara afirma que, neste momento, isso não faz parte da estratégia da marca, mas que isso não quer dizer que não possa vir a estar no futuro.
Atualmente, sustentou, a estratégia da Savoy tem sido renovar todas as cartas dos 22 restaurantes, num trabalho encetado no ano transato. “Portanto, felicitamos os colegas do setor, mas, neste momento, não faz parte da nossa estratégia”, remata.
Sobre a aposta no mercado americano, Roberto Santa Clara faz jus a Ricardo Farinha, administrador comercial da Savoy Signature, que “há alguns anos falava deste mercado e todos duvidamos. E se há alguém que sempre acreditou e trabalhou no mercado americano foi o Ricardo Farinha e isso hoje dá resultados, sobretudo no Palace e no Saccharum”, relevou, elencando alguns dos desafios que têm no horizonte.
Nesse sentido, o ceo defende que os nórdicos podem voltar a dar mais à Madeira, uma vez que se trata de um mercado que “ainda não está muito consolidado”. Têm trabalhado com o mercado canadiano e brasileiro, sendo estes os mercados que procuram também o ‘The Reserve’, que abriu a 1 de dezembro de 2023. Aliás, esta nova unidade hoteleira da marca focada no ultraluxo tem, neste mês, uma “boa taxa de ocupação”. “Estamos muito satisfeitos. Temos um caminho pela frente, mas a expectativa é muito elevado e, acima de tudo, é muito positiva”, reforçou.