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Sindicato dos Professores da Madeira confiante na resolução de “muitas das reivindicações”

Lígia Neves

Jornalista

Data de publicação
26 Setembro 2024
13:46

Francisco Oliveira, presidente do Sindicato dos Professores da Madeira, considerou, hoje, em conferência de impressa, que “há caminho aberto para resolver muitas das reivindicações que o Sindicato tem vindo a apresentar há muito tempo”.

Em declarações prestadas à comunicação social após uma reunião com Jorge Carvalho, secretário regional da Educação, o dirigente sindical vincou que “mais do que nunca é urgente tomar medidas importantes para fixar os docentes à Região”.

Nesta reunião, foi, também, apresentado um conjunto de medidas, para, segundo o sindicalista, “tentar evitar que daqui a um ano estejamos numa situação pior do que aquela em que estamos agora”, em que há “uma clara necessidade de docentes em várias áreas”.

O Sindicato dos Professores da Madeira considera, deste modo, que “tem de ser feita a regularização da carreira para manter na Região os professores”. Sobre este assunto, Francisco Oliveira diz ter sido mostrada “abertura para resolver alguns problemas”.

“Nós queríamos que grande parte destas medidas tivessem resposta a partir do dia 2 de janeiro do próximo ano. O dia 1 é o dia em que acaba a recuperação, dia 2 tínhamos que ter mais. Mas há abertura para, a partir de finais de 25, 26 e 27, resolver aqueles que têm sido os problemas de regularização da carreira”, manifestou o dirigente sindical.

Quanto aos novos professores, Francisco Oliveira notou, de igual modo, por parte do secretário regional “uma vontade de alterar a situação”. Em contrapartida, vincou que “não há abertura para vincular os professores que já estão a trabalhar e que têm a profissionalização”.

“Na nossa perspetiva, haveria condições para isso e a Região não corria riscos de ter excedente de professores, uma vez que eles se fazem falta agora e já estão a trabalhar, no próximo ano farão mais, porque haverá mais de 100 professores a se aposentar e haverá umas largas dezenas que irão para o continente”, justificou.

Nesse sentido, o Sindicato queria “ver estes professores a vincular já, porque era a garantia «de que se mantinham no sistema educativo regional”.

”Quanto aos profissionalizados, aqueles que não podem integrar a carreira, porque de primeira a profissionalização têm que ter pedagógicas, para esses há aqui a garantia de que foi estabelecido uma parceria com a Universidade da Madeira, para dar possibilidade a esses professores de fazerem a profissionalização, tirarem as cadeiras pedagógicas de todos aqueles que pretenderem, a partir do momento que os cursos sejam certificados pela A3S”, revelou, acrescentando que “isso pode demorar em algum tempo, mas, pelo menos, há a vontade e há já o mecanismo posto em prática para que essa aprovação venha a acontecer”.

Mais acrescentou o sindicalista que, na reunião, “houve uma abertura que para criar medidas para atrair outros licenciados, outros que já foram docentes e que também não têm profissionalização, criar medidas específicas, e isto é uma reivindicação do SPM, porque a resposta à falta de professores, na nossa perspetiva, não pode estar em reverter mobilidades para organismos que precisam também dos professores. Está em atrair novos docentes para a profissão. E aqui também houve a abertura da parte da Secretaria da Educação para que isso viesse a acontecer”, rematou.

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