Octávio Freitas abanou a plateia no debate da IV edição das Jornadas Madeira 2022/2023, projeto promovido pelo JM, em parceria com a Assembleia Legislativa da Madeira, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Santana.
Octávio Freitas é assim mesmo, um homem sem meias palavras, e na reação a Vítor Castro, que havia elogiado o facto do chef usar produtos madeirenses, ressalvou, desde logo que "não é por bairrismo, gosto dos produtos porque são bons".
"Costumo dizer que os nossos produtos são artísticos", reforçando que "têm um formato muito especial" considerando ser um erro crasso "concorrer com coisas distintas".
"Os nossos produtos têm de ser groumet, mas precisam de uma nova roupagem. Não posso comprar e receber cenouras em sacolas", evidenciou Octávio Freitas, tendo exaltado que é necessária a identificação do fornecedor. "Eu gosto de saber, quero saber a sua história para contar ao cliente, porque o novo luxo paga a história", explanou.
Mais, nessa clamação de mudança de atitude dos produtores em relação à roupagem do produto, disse que não se importaria de pagar por esse visual", com essa certeza, que partilhou, de que "às vezes sinto vergonha pela forma como recebo os produtos regionais".
David Spranger