O Presidente dos EUA, Joe Biden, viajará na quinta-feira para Brownsville, Texas, para se reunir com a polícia de fronteira com o México, anunciou hoje a Casa Branca, quando se discute a lei de imigração no Congresso.
“O Presidente vai discutir a necessidade urgente de adotar o acordo bipartidário do Senado sobre a segurança das fronteiras”, garantiu um funcionário da Casa Branca, referindo-se ao entendimento entre democratas e republicanos para um plano que fortaleça a segurança na fronteira entre o México e o sul dos Estados Unidos.
Este plano, avaliado em 118 mil milhões de dólares (cerca de 109 mil milhões de euros), liga a ajuda a Israel e à Ucrânia com a aprovação de restrições à imigração, que os republicanos exigem há meses.
Embora alguns republicanos inicialmente tenham demonstrado o seu apoio ao projeto, o ex-Presidente Donald Trump - candidato favorito à nomeação presidencial republicana - manifestou-se contra o acordo e pressionou os seus correligionários a votarem contra.
A Casa Branca classificou esta iniciativa como “o conjunto de reformas mais duras e justas para proteger a fronteira em décadas”, mas organizações de defesa de direitos humanos criticaram-na pelas mudanças que faz para restringir o asilo.
A presença de Biden em Brownsville coincidirá com a visita de Trump à cidade de Eagle Pass, no mesmo estado do Texas, que se tornou o epicentro da entrada recorde de migrantes à fronteira nos últimos meses.
Os ‘media’ norte-americanos noticiaram hoje que o ex-Presidente planeia fazer um discurso com o objetivo de culpar Biden pelo problema de controlo da imigração ilegal.
A migração tornou-se uma das maiores vulnerabilidades de Biden, com imagens de caos na fronteira afetando os seus índices de aprovação.
Trump - que chegou à Casa Branca, em 2016, com a promessa de construir um muro na fronteira com o México - adotou uma forte retórica anti-imigração nos seus comícios de campanha.