O Hamas vai enviar uma delegação ao Egito, na segunda-feira, para responder à recente contraproposta israelita de cessar-fogo na Faixa de Gaza e de libertação dos reféns, anunciou hoje um alto funcionário do grupo islamita palestiniano.
A delegação, liderada por Khalil al-Hayya, membro do braço político do Hamas para Gaza e que tem estado envolvido nas negociações, “encontrar-se-á com o diretor e responsáveis do serviço de inteligência egípcio para discutir e apresentar a resposta do movimento”, disse à AFP, sob condição de anonimato.
O Hamas indicou ter recebido no sábado a contraproposta feita por Israel no âmbito da mediação do Qatar e do Egito.
A delegação deverá também discutir uma “nova proposta egípcia”, acrescentou o alto responsável do movimento palestiniano.
“O Hamas está pronto para discutir de forma positiva a nova proposta egípcia” e deseja chegar a um acordo que garanta um cessar-fogo permanente, o regresso voluntário” dos deslocados, “um acordo aceitável para uma troca” de prisioneiros palestinianos por reféns israelitas e “o fim do cerco” à Faixa de Gaza, disse à AFP outra fonte do Hamas próxima das negociações.
O Egito, o Qatar e os Estados Unidos têm tentado convencer Israel e o Hamas a cessarem os combates desde o final de uma semana de trégua, em 01 de dezembro, que permitiu a libertação de 80 reféns israelitas e de 240 prisioneiros palestinianos.
Israel lançou uma ofensiva total na Faixa de Gaza após o ataque sem precedentes levado a cabo em 07 de outubro no sul de Israel pelo Hamas, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns e provocando 1.170 mortes.
A ofensiva israelita, que pretende aniquilar o Hamas, já provocou a morte de mais de 34 mil pessoas, sobretudo civis, segundo o grupo islamita controla a Faixa de Gaza desde 2007.