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Israel: Chefes da diplomacia da UE recebem homólogos palestiniano e israelita em Bruxelas

Data de publicação
19 Janeiro 2024
18:01

Os chefes da diplomacia da União Europeia (UE) vão, na segunda-feira, receber separadamente em Bruxelas os homólogos da Palestina e de Israel, no mesmo dia em que deverão adotar sanções contra o grupo islamita Hamas, foi hoje anunciado.

Falando na antevisão na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, que decorre na segunda-feira, vários altos funcionários europeus confirmaram que são esperados em Bruxelas o chefe da diplomacia israelita, Israel Katz, nesse dia de manhã, e depois à tarde o seu homólogo palestiniano, Riyad al-Maliki.

Não está prevista uma reunião entre ambos, de acordo com as mesmas fontes europeias, que deram conta de que “se espera que o debate se centre na situação em Gaza, mas também na Cisjordânia e na questão dos reféns”.

Neste que será um “grande desafio coreográfico” em termos de planeamento, estão também previstas reuniões em Bruxelas com outros governantes da região durante o almoço, como com os ministros da tutela egípcio, Sameh Shoukry, o saudita, Faisal bin Farhane, e o jordano, Ayman Safadi, bem como com o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit.

“Nesta sucessão de reuniões e debates, o nosso objetivo é reduzir as tensões para lutar contra a possibilidade de um conflito regional [...] e vamos, obviamente, abordar a questão de assistência humanitária” a Gaza, acrescentaram as mesmas fontes diplomáticas.

Prevista está ainda, na segunda-feira, a adoção de um pacote de sanções contra o grupo islamita Hamas, considerado como terrorista pela UE.

“Ainda é um trabalho em curso e é [...] apenas um pequeno número de pessoas que constam da lista”, referiram as mesmas fontes.

Da agenda da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE consta um debate sobre “a evolução da situação no terreno e na região [do Médio Oriente] em geral”, bem como sobre “a deterioração da situação humanitária na Faixa de Gaza, a necessidade de evitar repercussões na região e o caminho a seguir”.

O conflito em curso entre Israel e o Hamas foi intensificado pelo ataque do movimento islamita em território israelita em 07 de outubro de 2023.

Nesse dia, 1.140 pessoas foram mortas, na sua maioria civis, mas também perto de 400 militares, segundo os últimos números oficiais israelitas.

Cerca de 240 civis e militares foram sequestrados, com Israel a indicar que 127 permanecem na Faixa de Gaza.

A União Europeia, tal como os Estados Unidos, tem-se pronunciado repetidamente a favor de uma solução baseada na existência de dois Estados para estabilizar a região e restabelecer a paz.

Vários Estados-membros da UE apelaram a um cessar-fogo permanente e imediato, mas outros, como Alemanha e Hungria, opuseram-se, insistindo no direito de Israel à autodefesa, em conformidade com a legislação internacional.

Na quinta-feira, o Parlamento Europeu pediu pela primeira vez um “cessar-fogo permanente” entre Israel e o movimento islamista Hamas, mas apresentou como condições indispensáveis a libertação de todos os reféns e o desmantelamento da organização considerada terrorista.

Na segunda-feira, a diplomacia comunitária espera ainda dar passos para uma missão no Mar Vermelho que poderia ajudar a repelir os ataques dos rebeldes Huthis iemenitas ao comércio internacional, numa altura de tensões.

Para que essa missão avance, seria necessário tratar de etapas relativas ao mandato e ao plano militar da missão, à necessidade de participação do Comité Militar da UE e ao adiamento do lançamento para fevereiro, segundo fontes comunitárias.

A ideia seria tornar de âmbito europeu a operação conjunta da Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Grécia, Itália, Noruega, Países Baixos e Portugal, com comandos e fundos da UE, que existe desde 2020 no Estreito de Ormuz e no Golfo de Omã para proteger a navegação internacional.

Esta discussão surge no contexto de tensões no Mar Vermelho, onde os combatentes Huthis iemenitas estão a atacar embarcações da Marinha Mercante em retaliação pela guerra de Israel em Gaza.

Em resposta, os Estados Unidos e o Reino Unido realizaram bombardeamentos contra o Iémen sem conseguirem pôr termo aos ataques no Mar Vermelho.

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