A embaixadora portuguesa em Moscovo “honrou hoje a memória” do opositor russo Alexei Navalny, que morreu na passada sexta-feira, ao depositar flores num memorial às vítimas da repressão política durante a antiga União Soviética (URSS), divulgou o Governo.
Numa publicação na rede social X (antigo Twitter) e partilhada também pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, na mesma plataforma, a embaixada portuguesa na Rússia refere que a diplomata Madalena Fischer “honrou hoje a memória de Alexei Navalny, depositando flores na pedra de Solovetsk, memorial dedicado às vítimas da repressão política durante a URSS”.
A publicação é acompanhada por duas fotografias, em que se vê a embaixadora a colocar um ramo no memorial, coberto de neve e flores.
Na sua página na rede social X, o chefe da diplomacia portuguesa repete a publicação da embaixada, escrevendo que “a morte de Navalny é mais uma demonstração da natureza do regime que [Presidente russo] Putin criou, e do medo que ele tem daqueles que ousam contestá-lo”.
“Hoje em Bruxelas ouvimos a poderosa e corajosa voz da sua viúva, Yulia Navalnaya, a quem apresentámos condolências”, referiu ainda João Gomes Cravinho, a propósito de um encontro dos chefes da diplomacia dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE) com a mulher de Navalny.
O opositor russo Alexei Navalny, um dos principais opositores de Vladimir Putin, morreu a 16 de fevereiro, aos 47 anos, numa prisão do Ártico, onde cumpria uma pena de 19 anos.
As autoridades indicaram que Navalny se sentiu mal depois de uma caminhada e perdeu a consciência.
Destacados dirigentes ocidentais, a família e apoiantes do opositor responsabilizam o Presidente russo, Vladimir Putin, pela sua morte.
O porta-voz do Kremlin (presidência), Dmitri Peskov, afirmou hoje que a investigação sobre a morte de Navalny está “em curso”, numa altura em que a família ainda não teve acesso ao corpo do opositor.