O número de travessias irregulares para o território da União Europeia (UE) aumentou 18%, para mais de 330.000, nos primeiros dez meses de 2023 em comparação com o período homólogo do ano passado, foi hoje anunciado.
De acordo com um relatório divulgado pela Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex), entre janeiro e outubro deste ano 331.600 pessoas tentaram entrar irregularmente no território dos Estados-membros da UE.
O Mediterrâneo Central continua a ser a principal rota migratória, com 143.613 pessoas a tentarem entrar por esta via, um aumento de 68% face ao período homólogo.
Um total de 97.300 pessoas tentaram chegar a países da União Europeia pelos Balcãs Ocidentais, um decréscimo de 23%, enquanto o Mediterrâneo Oriental verificou um aumento de 24% (mais de 45.000 pessoas).
A Frontex resgatou quase 40.000 pessoas entre janeiro e outubro e participou na repatriação de mais de 31.000 pessoas.
Por causa do fluxo migratório súbito na fronteira entre a Finlândia e a Rússia, que levou Helsínquia a encerrar todos os postos fronteiriços com Moscovo, a agência europeia iniciou na quarta-feira um reforço da presença na Finlândia, com mais 50 elementos e equipamentos para o efeito, como carros-patrulha.