O Presidente da China, Xi Jinping, defendeu hoje o “verdadeiro multilateralismo” numa reunião com o secretário-geral das Nações Unidas, à margem do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), que decorre esta semana em Pequim.
De acordo com a agência espanhola de notícias, a EFE, Xi Jinping reafirmou o seu apoio ao “verdadeiro multilateralismo” e destacou a importância da Organização das Nações Unidas (ONU) na resolução de questões internacionais, acrescentando que pretende trabalhar em conjunto com esta organização numa altura de desafios globais cada vez maiores.
Na reunião, em esteve também presente o ministro dos Negócios Estrangeiros da Cina, Wang Xi, o líder chinês disse ainda que dá grande importância às relações com África, e destacou os esforços do seu país para promover o desenvolvimento e a modernização do continente africano através de uma cooperação pragmática e benéfica para ambas as partes, numa resposta indireta às críticas de que o apoio financeiro chinês é dado em troca de um aumento de influência geopolítica no continente.
Segundo a EFE, Guterres reconheceu o papel crucial da China no cenário internacional e salientou que o seu desenvolvimento pacífico contribui significativamente para a paz e o progresso globais.
Em concreto, o antigo primeiro-ministro português destacou a colaboração entre a ONU e a China na reforma da arquitetura financeira internacional e nas questões da governação da inteligência artificial, consideradas ferramentas chave para enfrentar os desafios atuais.
A cimeira, a maior reunião diplomática organizada em Pequim desde a pandemia de covid-19, vai juntar mais de 50 líderes africanos até sexta-feira na capital chinesa, segundo a imprensa estatal do país asiático.
Em Pequim encontram-se vários líderes de países africanos de língua portuguesa, nomeadamente o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, e o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva.
Fora da lista de presenças ficou o Presidente angolano, João Lourenço, apesar da China ser o maior credor do país africano e de Angola ser o maior parceiro económico chinês na África subsaariana.