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Protestos continuam em Itália mas sem a adesão esperada em Roma

Data de publicação
15 Fevereiro 2024
17:00

As associações agrícolas italianas voltaram hoje a sair para as ruas em ações de protesto, mas a grande concentração anunciada para Roma juntou apenas algumas centenas de agricultores no recinto do Circo Máximo, muito aquém da mobilização anunciada.

Numa altura em que várias organizações agrícolas italianas já abandonaram as ações de luta, depois de medidas anunciadas pelo Governo, e também em virtude de divisões entre as plataformas que têm organizado os protestos, a concentração no Circo Máximo, organizada pelo chamado “Comité dos Agricultores Traídos”, atraiu somente uma dezena de tratores – o limite imposto pelas autoridades – e poucas centenas de agricultores, bem abaixo dos 20 mil manifestantes anunciados pelo movimento.

“A União Europeia (UE) impõe mercados livres, enquanto nós só temos regras opressivas. Estamos a morrer, vamos lutar até ao fim”, afirmou o líder do movimento, Danilo Calvani, enquanto entre os cartazes empunhados pelos manifestantes se podia ler frases como “O trigo é o ouro italiano”, “Não aos pousios” ou “Não à carne sintética”.

Uma outra manifestação na capital italiana, convocada pelo movimento intitulado “Agricultura e Gente Produtiva”, também juntou apenas cerca de três centenas de agricultores na Praça do Campidoglio, depois de dois tratores terem simbolicamente rumado até ao Coliseu de Roma, sob aplausos de turistas.

Na periferia da capital italiana, mantém-se o protesto do movimento “Resgate Agrícola”, com cerca de 200 tratores a permanecerem às portas da cidade, mas algumas organizações já abandonaram as ações de luta, depois de, na semana passada, o Governo liderado por Giorgia Meloni ter anunciado algumas medidas, designadamente de natureza fiscal, e de ter aberto uma “mesa de discussão técnica” com o setor.

Os compromissos assumidos pelo Governo italiano são, no entanto, considerados “insuficientes” por vários movimentos de contestação, que defendem, entre outras medidas, a manutenção do desconto no preço do gasóleo agrícola além de 2026 e fundos adequados para compensar a perda de rendimento da produção agrícola, além de se insurgirem contra a carga burocrática e financeira da transição verde que dizem ser imposta por Bruxelas, bem como contra acordos internacionais com países terceiros que dizem constituir concorrência desleal.

Os agricultores europeus, incluindo em Portugal, saíram à rua nas últimas semanas, cortando estradas com tratores e promovendo protestos de rua, para exigir a flexibilização da Política Agrícola Comum (PAC) da União Europeia (UE) e mais apoios para o setor, entre outras reivindicações, ações que já levaram alguns Governos a adotar novas medidas.

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