O primeiro-ministro, Luís Montenegro, que manteve uma conversa telefónica com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, garantiu hoje o apoio político, económico, humanitário e militar de Portugal à Ucrânia “enquanto for necessário”.
“A Ucrânia pode contar com o nosso apoio político, económico, humanitário e militar enquanto for necessário. Trabalharemos juntos para construir a paz na Europa e no mundo”, pode ler-se numa publicação do novo primeiro-ministro português na rede social X.
Luís Montenegro respondia a outra publicação no X do chefe de Estado ucraniano, que divulgou uma conversa telefónica com o social-democrata.
Nesta publicação, Zelensky reiterou as felicitações a Luís Montenegro pela sua tomada de posse esta terça-feira como primeiro-ministro, desejando “um trabalho frutífero para a prosperidade de Portugal”.
Sobre o apoio de Portugal à Ucrânia, que combate a invasão russa, Zelensky explicou que os dois governantes discutiram ”a implementação de acordos de defesa anteriores” entre os países.
“Instruímos as equipas a começarem a trabalhar na preparação de um acordo bilateral de segurança no âmbito da Declaração do G7. Também coordenamos futuros contactos conjuntos”, adiantou ainda o Presidente ucraniano.
O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa deu esta terça-feira posse ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, e aos ministros do XXIV Governo Constitucional, numa cerimónia no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa.
No seu discurso de posse, Montenegro referiu-se à guerra em curso, na sequência da invasão russa em fevereiro de 2022, afirmando que Portugal continuará “a dar todo o apoio à Ucrânia no quadro da União Europeia e da NATO”.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos no teatro de operações nos últimos meses, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.
Os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, enquanto as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontam-se com falta de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais.