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Venezuela: María Corina Machado diz estar em “resguardo forçado” por repressão brutal

Data de publicação
21 Setembro 2024
10:21

A líder María Corina Machado, denunciou hoje que está em “resguardo forçado” devido à “repressão brutal” desencadeada contra a oposição após as últimas eleições presidenciais na Venezuela, que a oposição insiste terem sido ganhas por Edmundo González Urrutia.

“Ao contrário de ocasiões anteriores, hoje estou a falar-vos de uma posição de resguardo forçado”, explica em um vídeo divulgado na sua conta da X, antigo Twitter.

Na mesma rede social María Corina Machado explica que “após a esmagadora vitória das forças democráticas nas eleições presidenciais de 28 de julho, o regime desencadeou uma brutal onda de repressão através das forças de segurança civis e militares, assim como de grupos paramilitares”.

“Procuraram aniquilar o protesto cívico e levaram centenas de detidos, incluindo crianças que foram acusadas de terrorismo e mulheres que foram abusadas sexualmente”, sublinha.

A opositora começa por agradecer à Missa Independente de Determinação dos Factos da ONU para a Venezuela pelo “valioso e urgente relatório”, recentemente divulgado.

“Todos os que tiveram responsabilidades diretas na defesa do voto estão hoje, como eu, resguardados [na clandestinidade], exilados, sob asilo ou presos. O nosso presidente eleito, Edmundo González Urrutia, foi obrigado a exilar-se [na Espanha] sob terríveis perseguições e ameaças à sua vida”, afirma.

Por isso, pede à comunidade internacional “acompanhar os venezuelanos para que a verdade e a soberania popular expressas em 28 de julho [nas eleições presidenciais] sejam respeitadas”.

Também que mantenha “uma atenção permanente e preste apoio a quem requeira asilo ou a emissão de salvo-condutos” e que renove o mandato da Missão Internacional Independente de Determinação dos Factos da ONU, para a Venezuela, e do Alto-Comissário para os Direitos Humanos”.

“Nós, os venezuelanos, precisamos do vosso apoio. Ouçam o nosso apelo e façam valer o mandato das normas internacionais que vocês protegem”, conclui.

A Venezuela realizou eleições presidenciais no passado dia 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória a Nicolás Maduro com pouco mais de 51% dos votos.

A oposição venezuelana contesta os dados oficiais e alega que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia – atualmente exilado em Espanha -, obteve quase 70% dos votos.

A oposição venezuelana e muitos países denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente.

Os resultados eleitorais foram contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo, segundo as autoridades, de mais de 2.400 detenções, 27 mortos e 192 feridos.

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