MADEIRA Meteorologia

Venezuelanos assinam acordo a propor 27 datas para eleições presidenciais

Data de publicação
29 Fevereiro 2024
9:48

Representantes do Governo venezuelano, de um grupo da oposição, empresários, universitários, religiosos e outros setores da sociedade assinaram um acordo com a proposta de 27 datas para as eleições presidenciais na Venezuela.

A assinatura do acordo realizou-se na quarta-feira no parlamento venezuelano, e o anúncio foi feito através da televisão estatal pelo presidente do órgão legislativo, Jorge Rodríguez, também chefe da delegação que representa o Governo de Nicolás Maduro, nas negociações com a oposição.

“Acaba de ocorrer um evento de transcendência histórica. No Salão Elíptico, que acolhe a Ata de Independência, reunimos vários setores políticos, económicos, culturais e partidos que representam 97% dos partidos registados (...) Temos 27 datas. Na sexta-feira, vamos ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE)”, disse Jorge Rodríguez, sublinhando que cabe à CNE decidir o dia de votação.

Rodríguez explicou que foram incluídas todas as datas propostas, que vão desde março a dezembro, resultantes de 150 reuniões realizadas ao longo de quatro semanas.

Na assinatura do acordo não participou a Plataforma Unitária Democrática, que agrupa os principais partidos opositores, segundo a imprensa venezuelana.

A imprensa local informou ainda o acordo não faz referência a possíveis ações sobre a participação de candidatos desqualificados, entre eles Maria Corina Machado que, em 2023, foi eleita candidata da oposição para competir com Maduro.

Vários políticos opositores questionaram o acordo, como foi o caso de Juan Pablo Guanipa, do Primeiro Justiça, que através da rede social X disse tratar-se de “um acordo entre iguais”.

“É uma espécie de consenso interno entre os chavistas-maduristas e os chavistas-maduristas colaboracionistas. Além disso, não diz nada, propõe o ano inteiro como data possível para a realização das eleições e deixa de lado a essência do Acordo de Barbados [assinado pelo Governo e a oposição em outubro de 2023]. Esse é o que eles têm de cumprir!”, escreveu.

Na mesma rede social, Juan Pablo Guanipa disse que a oposição está a organizar-se, com o lançamento da rede 600k, para pôr fim à ditadura.

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, congratulou-se com a assinatura do “Acordo Amplo de Caracas”, que disse recolher as melhores propostas dos distintos entendimentos com a oposição.

“Após quase um mês de diálogo inclusivo e interativo com todos os setores políticos, partidários, sociais, económicos, culturais, intelectuais, académicos e religiosos do país, assinaram um documento muito completo, que inclui o melhor dos diálogos, dos acordos já assinados no passado, no México e em Barbados. Foi um trabalho exemplar”, disse na televisão estatal venezuelana.

O governante explicou que participaram 43 partidos, que reúnem 85% dos votos dos eleitores.

Referiu também que o acordo garante “que na Venezuela haverá eleições livres, democráticas, inclusivas, transparentes e constitucionais, quando forem marcadas pelo poder eleitoral”.

“Faça chuva ou faça sol, o povo da Venezuela sairá para eleger livremente o seu Presidente da República”, frisou.

Em outubro de 2023, o Governo venezuelano e a opositora Plataforma Unitária Democrática assinaram, em Barbados, um acordo para a promoção de direitos políticos e garantias eleitorais para todos, com vista às presidenciais de 2024.

No acordo, ambas as delegações propõem que as presidenciais se realizem no segundo semestre de 2024. Por outro lado, comprometem-se a fortalecer a democracia e ratificam a vontade de alcançar as condições necessárias para que os processos eleitorais se realizem com todas as garantias.

Comprometeram-se ainda a promover a candidatura daqueles que “cumpram os requisitos estabelecidos para participar nas eleições presidenciais, em conformidade com os procedimentos estabelecidos na legislação venezuelana”.

OPINIÃO EM DESTAQUE

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

No que diz respeito à Madeira, qual é a sua opinião sobre o Orçamento do Estado para 2025?

Enviar Resultados

Mais Lidas

Últimas