O presidente da Ucrânia, Volodymir Zelenski, anunciou hoje que irá apresentar o seu “Plano de Vitória” aos aliados do chamado Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia, na base militar de Ramstein, dentro de uma semana.
Numa mensagem publicada na sua conta da rede social X, Zelenski disse que ele e a sua equipa estão a preparar-se para a 25.ª reunião em Ramstein, no próximo sábado, dia 12 de outubro, “a primeira a ser realizada ao nível dos líderes políticos”, para apresentar os seus planos para uma vitória na guerra de agressão lançada pela Rússia em fevereiro de 2022.
“Vamos apresentar o Plano de Vitória: passos claros e concretos para um fim justo da guerra”, disse Zelenski.
“A determinação dos nossos parceiros e o fortalecimento da Ucrânia são o que pode parar a agressão russa”, acrescentou, numa mensagem em que também agradeceu a todos os que “ajudam a defender” o seu Estado.
O chamado Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia, que se reúne na base militar norte-americana de Ramstein, no sudoeste da Alemanha, junta 57 países, incluindo todos os membros da NATO.
As declarações de Zelenski surgem exatamente no mesmo dia em que defesas antiaéreas russas abateram dez drones ucranianos sobre as regiões fronteiriças de Belgorod, Kursk e Voronezh, segundo informações do Ministério da Defesa de Moscovo.
A Rússia ainda não conseguiu pôr em funcionamento um sistema antiaéreo unificado que possa impedir ataques de asas fixas e de pequenos drones.
Moscovo também não conseguiu expulsar as forças ucranianas de Kursk, a região em que penetraram há dois meses, naquela que foi a primeira invasão do território russo desde a Segunda Guerra Mundial.
Entretanto, o exército russo alcançou esta semana o seu maior sucesso militar em mais de seis meses de combates, com a tomada da fortaleza de Vugledar, a porta de entrada sul da região de Donbas.
Entretanto, as autoridades ucranianas relataram ataques russos com drones e mísseis que foram repelidos no norte e no sul da Ucrânia, enquanto a região de Sumi, no norte do país, foi alvo de fortes bombardeamentos hoje de madrugada.
A força aérea ucraniana disse no seu canal Telegram que a Federação Russa atacou com 13 drones e três mísseis de cruzeiro lançados a partir do sul da península da Crimeia, ilegalmente ocupada pela Rússia desde 2014, e da região de Kursk, no sudoeste da Rússia.
“Como resultado do combate antiaéreo, três drones inimigos foram abatidos na região de Odessa. Dez dispositivos inimigos não tripulados tornaram-se indetetáveis no norte e no sul do país” e “nenhuma informação sobre vítimas ou destruição foi recebida”, disse a força aérea ucraniana.
A agência noticiosa ucraniana “Ukrinform”, citando a administração regional de Sumi, informou que a região de Sumi, no norte da Ucrânia, foi sujeita a um total de 18 bombardeamentos desde madrugada.
Os ataques ocorreram num dia em que o Estado-Maior das Forças Armadas ucranianas registou 159 combates na linha da frente nas últimas 24 horas, segundo o Ukrinform.
A maior pressão das tropas invasoras registou-se em Kurakhov e Kupiansk, no leste do país, onde os militares ucranianos conseguiram repelir cerca de 50 tentativas de avanço russas.