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António Costa diz que nunca seria candidato ao Conselho Europeu sem apoio do Governo

Data de publicação
10 Junho 2024
10:33

O ex-primeiro ministro António Costa admitiu no domingo que seria “importante ter um português nas instituições internacionais”, mas ressalvou que nunca aceitaria ser presidente do Conselho Europeu sem o apoio do Governo português.

“Nunca aceitaria ser presidente do Conselho Europeu sem o apoio do Governo meu país. Poderia ser, mas nunca aceitaria”, afirmou O ex-governante, em declarações à CMTV, onde comentou os resultados das eleições de domingo para o Parlamento Europeu.

António Costa reagia desta forma ao apoio manifestado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, a uma eventual candidatura à presidência do Conselho Europeu.

No rescaldo da noite eleitoral, o líder do PSD e primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou o apoio da AD e do Governo ao seu antecessor, António Costa, para o cargo de presidente do Conselho Europeu se este decidir ser candidato.

“É possível que a presidência do Conselho Europeu seja destinada a um candidato socialista. Se o dr. António Costa for candidato a esse lugar, a AD e o Governo de Portugal não só apoiarão como farão tudo para que essa candidatura possa ter sucesso”, afirmou Luís Montenegro.

Em reação a estas declarações, António Costa começou por dizer que “é importante para Portugal que portugueses desempenhem funções nas instituições internacionais” e recordou que, há 20 anos, também ele apoiou a eleição do social-democrata Durão Barroso para presidente da Comissão Europeia, assim como outros políticos.

“Foi com muito orgulho nos anos que fui primeiro-ministro contribui para que um português seja secretário-geral das Nações Unidas [António Gutuerres], um presidente do Eurogrupo [Mário Centeno], um diretor-geral para as Imigrações [António Vitorino]. Se houver essa oportunidade será bom para o país”, apontou.

António Costa confirmou também que já tinha falado Luís Montenegro sobre uma eventual candidatura e que, por isso, já conhecia a sua posição de apoio.

“Ainda não era primeiro-ministro e tinha-me transmitido que daria esse apoio. Eu, aliás, pus-lhe a questão”, indicou o ex-governante, ressalvando que caberá aos socialistas europeus decidir quem será o candidato.

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