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Autarcas de Portugal e Espanha querem que governos avancem com corredor ferroviário

Data de publicação
07 Fevereiro 2024
16:38

Autarcas e responsáveis de instituições de Portugal e Espanha exortaram hoje os governos dos dois países a impulsionarem o transporte ferroviário do Corredor Atlântico no troço ibérico (Aveiro – Viseu – Guarda - Salamanca) e a sua ligação com Madrid.

Numa declaração conjunta divulgada no final de uma reunião realizada em Viseu, os presentes realçaram a importância desta conexão, quer para “facilitar uma mobilidade eficiente de passageiros e mercadorias”, quer para permitir o desenvolvimento económico regional e gerar “oportunidades para novas iniciativas empresariais que favoreçam umas perspetivas de futuro renovadas para atrair e fixar população”.

Os dois governos devem “avançar neste projeto decisivo que beneficiará não apenas as nossas empresas, mas também o desenvolvimento sustentável e a prosperidade dos nossos territórios”, defenderam.

O delegado do Corredor Atlântico e Redes Complementares, Luis Fuentes Rodriguez, disse aos jornalistas que “falta compromisso dos governos em impulsionar o Corredor Atlântico, como se impulsionou o Corredor Mediterrâneo”.

“Temos de pedir aos nossos dois governos que unam forças, que façam os esforços necessários para que a rede básica, os corredores atlânticos que passam por Portugal e por Espanha estejam em funcionamento em 2030”, frisou.

Luis Fuentes Rodriguez lembrou que a União Europeia tem, desde 2013, desenhadas todas as redes que servirão a Europa.

“O que estamos aqui a reivindicar é que os governos ponham em cima da mesa todo o dinheiro necessário para que as infraestruturas estejam em pleno funcionamento”, afirmou o responsável, acrescentando que “há muito dinheiro e o que têm de fazer é executar todas as obras que estão prometidas”.

O presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Ruas, garantiu que encontros como o de hoje - que aconteceu na sequência de um outro realizado em Salamanca, no dia 09 de janeiro - serão para repetir, funcionando como “uma espécie de despertador”.

“Vamos continuar com as reuniões periódicas, sempre a bater nisto. Não vamos deixar que esta situação seja esquecida. Vamos reclamar que este tema seja debatido nas cimeiras ibéricas”, referiu.

O autarca social-democrata disse também esperar que o tema seja abordado durante as eleições legislativas e europeias.

“Sempre que eu tiver oportunidade de usar da palavra fá-lo-ei. Se fosse candidato não deixaria de o pôr em cima da mesa”, assegurou.

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