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Eleições: Montenegro anuncia reforço do apoio a medicamentos para idosos pobres com doenças crónicas

Data de publicação
21 Janeiro 2024
23:05

O presidente do PSD afirmou hoje que é tempo de o partido se “reconciliar com os pensionistas e reformados de Portugal” e anunciou “um apoio a 100%” para medicamentos em situações de comprovada insuficiência económica para doenças crónicas.

“Esta é a altura de nos reconciliarmos com os pensionistas e os reformados de Portugal”, afirmou Luís Montenegro, na intervenção de encerramento da convenção da Alternativa Democrática, coligação que junta PSD, CDS-PP e PPM nas legislativas antecipadas de 10 de março.

Montenegro admitiu que muitos idosos e reformados ainda tenham “dúvidas e receios” em apostar na coligação, dizendo não querer discutir as razões pelas quais tal acontece, mas prometeu direcionar os poderes públicos para evitar “o isolamento, a solidão e muitas vezes a pobreza das pessoas com mais idade”.

Por isso, reiterou o compromisso anunciado no último Congresso extraordinário de “valorizar as pensões seguindo os critérios da lei, valorizar mais aquelas que são mais baixas” e aumentar o valor de referência do Complemento Solidário para Idosos para 820 euros numa primeira legislatura e “igual ao Salário Mínimo Nacional” numa eventual segunda legislatura.

“A isto juntaremos políticas de envelhecimento ativo e o reforço dos apoios na compra de medicamentos. Estamos a preparar o nosso programa, no qual iremos contemplar um apoio de 100% em situações de comprovada insuficiência económica para tratamento das patologias mais crónicas”, anunciou.

“Os nossos compromissos são sérios, são justos e são exequíveis”, acrescentou.

Aos mais jovens, Montenegro disse querer acabar com “o autêntico crime social” de não os conseguir fixar em Portugal, reiterando medidas já anunciadas de uma taxa máxima de IRS para os que têm até 35 anos, isenção de IMT e garantia do Estado para assegurar um financiamento bancário de 100% na compra da primeira casa.

“Numa palavra, a nossa missão é juntar as famílias portuguesas, nós não vamos falhar aos filhos de Portugal, às famílias de Portugal”, garantiu.

Perante uma sala com cerca de 600 lugares sentados e muitas pessoas em pé, Montenegro elogiou “o sinal de energia, de empenho, de vitória” que a AD demonstrou ao longo do dia de domingo.

“Façamos um exercício de honestidade: é ou não verdade que há muito tempo não havia uma liderança política que conseguisse juntar, agregar e fazer convergir tanta capacidade como aquela que se reúne aqui hoje?”, disse.

Montenegro comprometeu-se com “uma nova atitude, de seriedade, competência e sentido de responsabilidade”, considerando que as pessoas “estão fartas de promessas não cumpridas de quem diz querer fazer hoje o que não fez ou não quis fazer nos últimos oito anos”.

“Trouxemos e queremos trazer para a vida política os melhores, os mais dinâmicos, os mais competentes. É isso que podem esperar de mim como primeiro-ministro, é escolher para o governo os melhores”, resumiu.

A convenção “Por Portugal” juntou hoje no Centro de Congressos do Estoril, no concelho de Cascais, distrito de Lisboa, mais de vinte oradores, alguns deles candidatos a deputados nas listas da AD, e destacados antigos dirigentes, como a ex-ministra da Saúde Leonor Beleza, o antigo líder do CDS-PP Paulo Portas e até, de surpresa, o antigo presidente social-democrata Pedro Santana Lopes.

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