O cabeça-de-lista do PAN às eleições do Parlamento Europeu defendeu hoje a necessidade de direcionar melhor os apoios às energias renováveis, afirmando que existe dinheiro mas é preciso torná-lo acessível a empresas e famílias.
“Temos de desburocratizar os apoios da Europa” à adoção de energias renováveis e “temos de direcioná-los melhor e torná-los acessíveis a qualquer empresa e a qualquer família”, afirmou Pedro Fidalgo Marques, no final de uma visita à ‘start up’ tecnológica Wind Credible, criadora de turbinas revolucionárias para produzir energia eólica, que marcou o início da campanha eleitoral do partido.
“O PAN defende que devemos atingir 100% de energias renováveis até 2040 e este é um caminho e um exemplo de como podemos trabalhar para ter soluções inovadoras”, apontou, elogiando o projeto que permite instalar turbinas em meios urbanos, sem ruído.
No entanto, alertou o candidato do Partido Pessoas-Animais-Natureza, “temos de desburocratizar os apoios da Europa” até para responder a uma das queixas das empresas que investigam e criam novos projetos, como foi o caso da Wind Credible, que referiu haver regulamentação diferente de em cada município.
“Na Europa, todos os anos são gastos 360 mil milhões de euros de apoios aos subsídios fósseis, estamos a falar de 1.000 milhões por dia em vários países”, destacou Pedro Fidalgo Marques.
“Se os apoios e este investimento forem direcionados, por exemplo, para a investigação em novas tecnologias e para a instalação ou apoios às famílias, podemos realmente caminhar muito mais rapidamente para a neutralidade carbónica e para garantir que em 2030 reduzimos até 55% as emissões”, disse, acrescentando que quanto mais cedo for atingida a neutralidade, melhor.
A neutralidade carbónica é atingida quando se chega a um ponto de equilíbrio entre as emissões de gases com efeito de estufa e a sua eliminação na atmosfera.
“Na Europa, temos que direcionar os apoios, temos de direcionar a nossa vontade política e não podemos continuar neste travão, que é o que temos visto agora”, referiu, adiantando que “com o crescimento dos partidos mais de direita e direita conservadora (...) o restauro da natureza e mesmo o Green Deal - o pacto ecológico europeu -, têm sido cada vez mais travados ou tido mesmo retrocessos”.
Admitindo que a Europa já fez um caminho no sentido de se tornar independente dos combustíveis fósseis da Rússia, o candidato do PAN defende que é preciso fazer mais.
“A União Europeia deve ser autónoma em termos energéticos e é possível consegui-lo através de energias renováveis”, afirmou